Olhar Direto

Quinta-feira, 28 de março de 2024

Opinião

Vem aí o novo capitalismo

As mudanças pelas quais o planeta vem passando têm impactado não apenas o meio ambiente, mas também o sistema econômico mais adotado no mundo atualmente: o capitalismo. Aquele velho conceito, cujos principais objetivos o lucro e a acumulação de riquezas, estão, de fato, com os dias contados. Acabou a fase do capitalismo de acionistas e chegada a nova era das partes interessadas, também chamado de capitalismo de stakeholders.
 
Esse capitalismo consciente ganha espaço ao trazer uma nova maneira de pensar o sistema econômico: fazer negócios gerando impactos socioambientais positivos, em que os propósitos e os valores passam a ser o eixo central do universo corporativo. Algumas empresas brasileiras se atentaram que, para conquistar mercado e se posicionar de forma assertiva estão estabelecendo vínculos afetivos, com intuito de satisfazer as necessidades de uma maneira que encante e gere fidelidade.
 
Resumidamente, as empresas estão readequando suas relações com os stakeholders, ou seja, com as partes interessadas do processo, de um projeto, enfim, do seu público alvo. Observa-se que um relacionamento saudável gera uma cadeia de negócios saudável. Desse modo, as empresas buscam um ambiente cada mais resiliente e confortável.
 
Esse novo conceito foi debatido em Davos, na 50ª edição do Fórum Econômico Mundial, no painel compromisso com a comunidade, o planeta Terra e interesse coletivo sobre lucros de acionistas. Na ocasião, os CEOs de grandes empresas defenderam essa nova concepção para o capitalismo. Conforme informações publicadas pelos veículos especializados, a ideia é promover globalmente o conceito, que preza pelos interesses de toda a comunidade impactada, direta ou indiretamente, pelas práticas de uma determinada empresa.
 
O capitalismo stakeholder visa atender interesses de executivos, acionistas, funcionários, clientes, grupos locais, outras empresas do mesmo ecossistema ou cadeia produtiva, o meio ambiente. Nessa nova proposta, o diálogo social cabe muito bem e é a base de uma comunicação com os públicos sobretudo a população impactada.
 
Os CEOs acreditam que a mudança da chave é essencial para os negócios e tem despertado interesse de muitas empresas e até dos acionistas. Eles asseguram que, de fato, num ambiente corporativo cada vez mais inclusivo é capaz de gerar uma boa decisão comercial e, consequentemente, mais lucratividade.
 
Uma coisa é fato não devemos prever o amanhã, mas temos que nos preparar para a chegada da nova era, dos novos conceitos, dos novos sistemas, novos relacionamentos. Afinal, não se alinhar às partes interessadas é algo pernicioso às empresas, que estarão na contramão das novas práticas do sistema financeiro.
 


Thiago Itacaramby é jornalista e gestor ambiental
 
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