Olhar Direto

Sábado, 20 de abril de 2024

Opinião

A Fictícia Rivalidade entre a Saúde e Economia

Vivemos hoje uma situação ímpar no Brasil, uma guerra de narrativas em que a saúde está sendo colocada rival da economia, como se fossem adversárias. É compreensível dado o histórico recente no Brasil de uma polarização das ideologias que governam nos últimos anos, principalmente entre as relações trabalhistas com frases prontas como “menos direito, mais emprego” ou “mais direito, menos emprego” e parece que essa simplificação entre as relações do patrão e empregado foram transportadas para a questão de saúde pública e por isso proponho nos acalmar e pensar melhor se é esse o tipo de discurso polarizado que queremos ter no momento.

Diferente do que propagam, não é necessariamente obrigatório que para haver mais emprego é preciso diminuir os direitos o q é preciso é achar o ponto de equilíbrio entre essa relação, em que o trabalhador não fique à mercê das vontades do patrão, mas que também a contratação de um novo funcionário não seja um peso desproporcional ao que a azienda pode sustentar.

Da mesma forma devemos pensar na problemática quanto ao combate ao COVID-19, na incerteza de um futuro, o mais plausível é ser prudente e analisar aqueles que já possuem experiencia no assunto. Em diversas nações do mundo em que o vírus chegou, notou-se que a medida mais eficaz foi do isolamento social, a fim de controlar a disseminação ao tempo que a estrutura de combate é montada. As nações que não seguiram essa recomendação sofrem as consequências de subestimar a doença.

Se em alguns países como o Japão que conseguiram de forma muito eficiente controlar o contágio por uma ação inteligente de prevenção, nós no Brasil temos a obrigação de nos prevenir também, pois o estado que se encontra nossa saúde pública e privada é atualmente incapaz de dar o mínimo de suporte necessário na remediação do problema, até mesmo por que o remédio ainda não foi desenvolvido.

Então, quando as entidades como: Sociedade Brasileira de Infectologia, Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Associação Paulista de Medicina, Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo, Sociedade Brasileira de Mastologia, Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica, Associação Médica Brasileira, Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, Sociedade Brasileira de Imunizações, Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, Sociedade Brasileira de Pediatria, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Conselho Federal de Farmácia, Associação Brasileira de Estoma terapia, Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, Associação de Câncer de Boca e Garganta, Associação Brasileira de Advogados da Saúde, Organização mundial de saúde e por incrível que pareça do próprio ministério da saúde, falam que o isolamento social é a medida certa a ser tomada. Podemos deduzir que o isolamento social tem grandes chances de ser uma boa medida.

Mas e a economia? A quarentena de 14 dias, que depois mudou para 10, como propôs o infectologista David Uip, é só o isolamento social, a título de informação os EUA aderiram o isolamento social de 15 dias, nada te impede a encontrar outros afazeres neste período, como o teletrabalho, capacitação on-line, estratégias de negócio, videoconferência, adequação do seu empreendimento para aumentar as entregas delivery, melhorar a rede lógica, entre outras medidas, o COVID-19 está te obrigando a parar de executar e começar a planejar, quanto aos de trabalho operacional talvez férias coletiva seja uma das soluções. Quanto aos informais e autônomos, estes são os mais frágeis e o governo precisa dar todo o suporte necessário para que não sejam afetados em cheio pela medida, como governo já avia mencionado, disponibilizará aproximadamente 284,00 reais para os autônomos de baixa renda, o governo de SP dará mais 55,00 reais(no Estado de SP), e após este período, a curva de contágio vai ter reduzido expressivamente, e o sistema de saúde nacional estará melhor preparado, quem sabe, outras nações já estarão disponíveis para ajudar neste combate.

Então perceba que não existe rivalidade entre a saúde e economia, não existe lado certo e errado, o que existe é planejamento, e o plano é dar folego para o Sistema de Saúde se preparar para o combate ao COVID-19, para que os efeitos colaterais na Economia não sejam maiores do que precisa ser.




Alexssander de Camargo é contador público e conselheiro no Conselho Regional de Contabilidade de Mato Grosso.
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