Olhar Direto

Sábado, 20 de abril de 2024

Opinião

Magistrado decide que Segurança Pública é imune ao Coronavírus

Que as forças policiais são imprescindíveis e verdadeiros heróis para a sociedade, isso todo mundo sabe. Que se arriscam em conflitos vários, para salvar nossas vidas, isso também é sabido.

O que ninguém sabia, era que os policiais também seriam imunes a vírus e outras doenças infecto-contagiosas, como o Novo Coronavírus.

É o que parece nos fazer crer a decisão do Magistrado Murilo Moura Mesquita, da 2º Vara de Fazenda Pública de Cuiabá, em ação movida pelo Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso/SINPOL, onde este negou o fornecimento de EPIs aos Policiais Civis do Estado.

O sindicato ingressou com um pedido de Tutela de Urgência, requerendo na justiça que o estado fornecesse EPI (Equipamento de proteção Individual) aos Policiais Civis. Segundo o Sindicato foram apresentadas fartas provas como vídeos, fotos, onde demonstram que os policiais estão trabalhando sem qualquer proteção contra o Coronavírus, mesmo aqueles do grupo de risco segundo classificação da OMS.

Ofícios ao Governador e Secretário de Segurança Pública, encaminhados pelos sindicatos dos Escrivães, Delegados e Investigadores, requerendo luvas, álcool em gel, máscaras, entre outros utensílios de proteção, também foram apresentados, provando que os policiais estão expostos ao risco de contágio do covid19, esse vírus mortal que assusta o mundo todo.

O mais irônico é que todos os magistrados de Mato Grosso e servidores da Justiça, estão fazendo teletrabalho desde o dia 18/03/2020, início da chegada da pandemia por aqui. Estão no conforto de seus lares, protegidos da doença, e mesmo assim, deixam expostos outros servidores ao que demonstra, por total falta de sensibilidade ou empatia com as forças policiais.

O ilustre magistrado, deve mesmo achar que as forças policiais, pela bravura, sejam imunes ao vírus mortal Covid19, mas todos sabemos que não são. E por não serem imunes, merecem a devida atenção do estado para com suas vidas.

O Sindicato certamente vai recorrer da decisão e requerer providências aos Ministérios Públicos Estadual e do Trabalho!!!




Dra. Camila Ramos Coelho Mayer é Advogada, mulher, autônoma, esposa, filha, neta e, Especialista em Direito Público e Sindical







 
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