Olhar Direto

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Opinião

Adultos cangurus: saiam da barra da mamãe e da sombra do papai

Há um certo tempo li uma reportagem do Jornal El país, reproduzido em inúmeros veículos de comunicação nacionais, tais como Gauchazh, entre outros, o título autoexplicativo é: “ Geração canguru, os jovens que escolheram não sair da casa dos pais”[1], descrevendo que 1 a cada 4 jovens de 25 a 34 anos, ainda vive com a família.
O nome canguru é para descrever as características do marsupial, o qual literalmente carrega o filhote após o nascimento e é uma imagem que melhor representa esse fenômeno social.

Aqui caro leitor não estou me referindo a uma família de classe média ou baixa, cuja pressão econômica e características sociais e econômica  impõe o convívio familiar. Este artigo de opinião e a matéria do periódico tratam de “filhinhos de papai”, cuja síndrome de Peter Pan e comodismo impedem de sair da casa dos pais.
Mas gostaria de acrescentar algo, além do simples fato de conviverem juntos, por não querer crescer, tais PRÍNCIPES barbudos e crescidos não tem desafios e vitórias, vivem à sombra do pai e do sucesso da própria família.

Escolhem profissões e cursos caríssimos, baseados muito mais no status e prestígio social, sendo que sequer os exercem, “não me encontrei no curso”, o desperdício de tempo, dinheiro e dedicação faz imaginar que vivem como se fosse em um “jogo eletrônico”, com 1.000 “vidas” e jogando no modo “fácil”.

Um interessante palestra do escritor Jordan B.Peterson, trata de adultos criados como crianças mimadas e como tornam-se adultos que não conseguem lidar com as adversidades da vida, pois tiveram TUDO e não aprenderam NADA[2]

Qual desafios destes adultos cangurus? Quais vitórias, fracassos e batalhas são realmente seus? Nenhum, aqui eu cito o personagem Tyler Durden[3]:

“Eu vejo todo esse potencial desperdiçado...somos os filhos no meio da história, sem propósito, sem lugar, nós não temos Grandes Guerras, nem Grandes Depressões. Nossa Grande Guerra é a Guerra Espiritual, nossa Grande Depressão é  a nossa vida.”

Qual seu propósito? Qual marca deixará para a humanidade? Quais sua história? Além de ser uma sombra na história e vitórias de seus pais.

Por fim deixo uma poesia, para alegrar nossas vidas em um presente muitas vezes duro, mas real, do Advogado Francisco Otaviano:
“Quem passou pela vida em branca nuvem
E em plácido repouso adormeceu,
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu,
Foi espectro de homem, e não homem,
Só passou pela vida, não viveu”

Se você não encontrou-se nos versos, LAMENTO dizer mas você é um espectro de homem! Saia, tenham suas próprias batalhas, derrotas e vitórias, mas que sejam suas.. Rale o joelho, pare de ser criado a base de leite de pera e Ovomaltine.  Sinta o sofrimento, aprenda com ele e não viva apenas de “alegria” e “prazeres” que o doce conforto do colinho da mamãe, o mundo não é sua redoma de cristal protegido e quentinho. Você é espectro de homem?
 
 
Juliano Rafael Teixeira Enamoto é Católico, Advogado concursado na Câmara Municipal de Sapezal, formado em Direto pela Universidade Federal de Rondônia.

 
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