Olhar Direto

Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Opinião

Parabéns Mauro Mendes

O bom gestor público, é aquele que mesmo diante das maiores adversidades, consegue vislumbrar uma saída de determinada situação desconfortável e incomoda. Mesmo, sendo herdara por administrações anteriores, que acaba causando-lhe enorme desconforto e insatisfação, em função da não execução daquela obra ou projeto.

O papel primordial do gestor público, é o de: pensar no bem-estar coletivo, ser responsável por gerir empresas públicas, organizações não governamentais e projetos de empresas privadas desenvolvidos em parceria com o poder público, usando sempre práticas e ferramentas de gestão tradicional para assegurar o funcionamento adequado da instituição.

Esta narrativa tem como objetivo central, resgatar um pouco do que foi e de que como aconteceu a implementação de um projeto alvissareiro, moderno e de abrangência sem igual para época, a construção do Veículos Leves Sobre Trilhos (VLT).

Que teve início em junho de 2011, quando políticos locais anunciaram a construção da linha de trem de 22 quilômetros, com um custo previsto de R$ 700 milhões, só que três meses depois, um novo projeto corrigiu o valor para R$ 1,1 bilhão dinheiro este, que já foi gasto.

Anos depois, disseram que, para concretização do mesmo teriam que ser gastos mais 1 bilhão; resultado, a obra ficou parada por anos a fio, culminando com a prisão de gestores públicos, empreiteiros, lobistas e por aí vai.

Felizmente, através de um  posicionamento sério e coerente, o governador do Estado de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), anunciou na segunda-feira (21), em entrevista coletiva no Palácio Paiaguás, em Cuiabá, que após estudo de viabilidade e impactos financeiros, o projeto do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), em Cuiabá e Várzea Grande será finalmente descontinuado e, no lugar, será implementado o Bus Rapid Transit (BRT), sistema de corredores com maior velocidade e capacidade que corredores comuns.

Como é do conhecimento de todos, o antigo projeto e execução do (VLT), foi marcado por envolvimento em corrupção sistêmica. Segundo o governador Mauro Mendes (DEM), "o consórcio responsável pela implantação do (VLT) vai sair devendo R$ 676 milhões ao estado".

O governador do estado, admitiu que poderá haver judicialização do caso, segundo ele, "trens comprados, trilhos e equipamentos serão devolvidos e o consórcio deverá ressarcir o estado".

Parabéns governador, o papel de um bom estadista, não consiste apenas em mostrar as mazelas deixadas por governos anteriores, e nem tão pouco ficar olhando apenas e tão somente para o retrovisor  reclamando, e sim, agir com firmeza, segurança e altivez, principalmente quando envolve dinheiro público, pois  somos nós que pagamos essa conta.

Portanto governador, não diga que poderá haver judicialização e sim que haverá judicialização, porque é inadmissível que vivamos em um país, no qual, somos roubados na cara dura e aceitamos tudo passivamente.

Mauro Mendes (DEM), afirmou categoricamente que através de estudos técnicos de que, o custo total do  modal será de R$ 430 milhões, para ser implementado, segundo o mesmo estudo, outro ponto positivo, acontecerá na tarifa (exclusivamente do modal) seria de R$ 3,04, outro dado importantíssimo diz respeito ao tempo do término da execução, 24 meses (ordem de serviço). Serão, 54 ônibus elétricos articulados, com velocidade de 25,02 Km/h, uma velocidade considerável.

Plagiando o General Paulo Chagas "via de regra, os problemas da gestão pública estão relacionados à incompetência, à negligência ou à má-fé de agentes que se apoiam na burocracia para explicar a sua incapacidade para legitimar o que a letra fria da legalidade não justifica"


Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo
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