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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Opinião

Entenda os fatores que influenciam no valor do combustível



O impacto do preço dos combustíveis no bolso do consumidor tem sido algo que, nos últimos meses, vem assustando e chamando atenção da sociedade. Isso se deve porque além de comprometer o dinheiro da população, a qual já vem sendo afetada a pouco mais de um ano pela situação pandêmica, a alta do preço de combustível reflete negativamente na atividade econômica e na produção competitiva nacional.

O indivíduo que possui um meio de locomoção ou pensa em adquirir um, começa a analisar e rever que, apesar de o combustível ser um dos custos de manutenção do automóvel o preço tem subido cada vez mais, o que dificulta e faz o consumidor repensar a sua aquisição. Afinal, de acordo com a Petrobras, 60% dos veículos são abastecidos com gasolina.

Além disso, o aumento desses combustíveis atinge outras áreas. Os comerciantes, por exemplo, saem em desvantagem uma vez que os caminhões que transportam as mercadorias no país precisam ser abastecidos com maior frequência. Assim, se as empresas sentem que está mais caro para abastecer suas frotas, seus custos terão um valor final mais alto, e este prejuízo terá de ser repassado adiante.

O preço final ao consumidor, na bomba do posto, depende também de muitos elementos. A composição dos preços, por exemplo, tem como referência o mercado internacional do petróleo. A desvalorização do Real nos últimos meses impôs uma alta elevação dos valores nesse mercado. Vale ressaltar também que, existe um preço médio em todo o país e que em questão de segundos, essa média pode alterar.

Outro fator que altera o preço nos postos de combustível são os impostos aplicados no valor do combustível. Em média, 41% do preço do produto são compostos por impostos. Sendo eles: o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que é estadual e pode variar de acordo com cada estado, Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), esse é cobrado sobre importação e comercialização da gasolina, Programa de Integração Social e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

Uma questão que é importante ter em mente, é que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, os postos de gasolina não lucram 100% do valor do preço na bomba. As empresas que atuam na distribuição e revenda de combustíveis lucram aproximadamente 8% do valor.

Em suma, a alta do preço dos combustíveis é ruim e afeta todo mundo. O preço de todas as mercadorias aumenta, incluindo alimentos e vestuários. Esse aumento, ao contrário do que o senso comum prega, não é de responsabilidade exclusiva dos donos de postos de combustível, tendo em vista que estes apenas repassam o valor ao consumidor final e os empresários sentem essa mudança nas bombas já que com o aumento, os consumidores começam a abastecer menos.


Claudyson Martins Alves é empresário do segmento de combustíveis e diretor do Sindipetróleo
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