Olhar Direto

Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Opinião

É o fogo que não dá tregua? ou, o poder público que não haje?

Entra ano sai ano o processo se repete no país inteiro, para todo lado que se olha vê-se fogo no período da estiagem, que vai de junho a outubro, isso é fato. De acordo com Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais=INPE, e como se vê 2022 chega quente mesmo.
 
Os 09 Estado que compõem a Amazônia legal brasileira já registrou o maior número de focos de calor até maio de 2022, ou seja, nada mais nada menos do que 2.287 focos, o maior número já registrado até então desde 2004.
 
Como se vê o número de focos de calor registrados pelo satélite do INPE, mostra que o mês de maio foi o de maior índice para o mês desde de 2004, só no bioma amazônico, isto é, em área já antropizada, por que floresta tropical nativa úmida não pega fogo naturalmente.
 
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, com o salto das queimadas em maio, o número de fontes de calor nos primeiros cinco meses de 2022 subiu para 4.971, o que significa um crescimento de 22% em relação ao mesmo período de 2021, cruamente falando.
 
No Cerrado, houve 3.578 incêndios florestais, segundo o INPE, um aumento de 35% em relação a maio de 2021 é o número mais alto para o mês de maio desde que os registros começaram em junho de 1998. Embora as informações daquele período fossem bastantes incipientes, visto que era ainda período de testes de instrumentais em operações a campo.
 
Porém, é preciso deixar claro que a evolução do fogo florestal no ecossistemasbrasileiros vem crescendo continuamente desde de 1998 quando iniciamos as primeiras medições com uso de satélites meteorológicos sobre a questão em foco seja: para o cerrado, na floresta amazônica ou em áreas antropizadas desde o descobrimento do Brasil.
 
Como se vê estes números não são uma exceção, fazem parte de uma tendência de destruição ambiental continua com o passar dos anos e, seguramente é resultado de políticas ambientais deliberadas por todos os governos anteriores e o atual, porém, todavia, contudo o Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente e os recursos naturais no mundo.
 
Segundo alguns ditos especialistas, a maioria destes incêndios são em decorrência de queima para produção agrícola e em áreas desmatadas ilegalmente. O que é uma meia verdade, visto que as margens de vias públicas são responsáveis por mais de 50% dos sinistros ambientais com fogo florestal por falta de aceiro preventivos, cuja responsabilidade cabe as três instâncias de governos que não os fazem.
 
Estamos no mês de junho com o pico da estiagem e dos incêndios florestal previstos para o período de agosto e setembro e até o momento não há aceiro preventivo contra fogo confeccionado nas margens da vias públicas do país e pelo que se vê a tendência é que a situação daqui para frente só tende a piorar com possibilidades evidentes e eminentes de evolução do fogo nas margens dessas vias e logradouros públicos país afora.
 
Desde o início da década de 70 para cá os nove Estados que compõem Amazônia legal brasileira e por consequência o restante do país só vem avançando o desflorestamento anual dos importantes ecossistemas que ainda resta no país. Como se sabe a pressão demográfica sobre os recursos naturais é gigantesca nesses ambientes.
 

Romildo Gonçalves é Biólogo/Prof. Pesquisador
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