Olhar Direto

Sexta-feira, 29 de março de 2024

Opinião

Caminhos para a prosperidade

O que mais os brasileiros estão precisando hoje, além da queda da inflação, mais comida na mesa, transporte de qualidade, moradia digna, em local seguro e contando com equipamentos públicos, creche, saúde, educação e qualidade de vida?

Certamente que é o EMPREGO. E, àqueles que estão empregados, precisam de renda muito melhor do que é hoje, para poder fazer as suas escolhas de onde morar, onde estudar, o que comprar no supermercado e ter tempo e dinheiro no bolso suficiente para chegar mais cedo em casa (transportes de qualidade), educar e estar mais presente na vida dos filhos e ter um mínimo de lazer e qualidade de vida para toda a família. Sim, pois todos precisam disso. Deveria ser um direito de todos.

E como o país e seus governantes executivos, nas três esferas, o Congresso Nacional, as Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais podem contribuir, ou melhor, acelerar a queda nos índices de desemprego e subempregos? Melhor ainda, abrir novas frentes de trabalho, de forma a proporcionar até concorrência para contratação de pessoas (e não mão-de-obra), o que proporciona melhor renda (pessoas qualificadas ganham mais, lei da oferta e demanda)?

Sem dúvida alguma, são necessárias duas frentes: a primeira, através de grandes investimentos, principalmente dos governos e também simultaneamente, da iniciativa privada. Mas deve ter política clara para isso, atrativa para as empresas, caso contrário se instalam onde faturam mais e têm mais facilidades e menos burocracia. E a segunda, a mais importante, é da formação, da qualificação, da educação de qualidade. Ambos precisam de tempo, não se faz projetos estruturantes que dependem de arquitetura e engenharia, do dia para a noite. Nem se forma alunos, nas escolas e faculdades, num estalar de dedos. Mas, precisa começar, já, imediatamente. É um projeto de médio e longo prazos, enxergando o futuro, para ter continuidade dos governantes, independente de quem está no poder. Torna-se necessário a união de esforços, para se enxergar um futuro promissor para todos.

Mas, em Mato Grosso, os governantes já podem acelerar a capacitação e ampliar a oferta de emprego. O Estado já é o que mais faz investimentos em todo o país, com obras estruturantes como rodovias, escolas, hospitais, etc., em praticamente todos os municípios. E há oferta de empregos sim, graças ao agronegócio, pois é o maior produtor de cereais e proteínas de animais do país. O Ministério da Agricultura prevê faturamento da produção agropecuária para o ano de 2022, de R$ 210 bilhões de reais, 17% superior ao ano anterior¹. O que os governantes precisam, é de atrair novas indústrias e sua cadeia de fornecedores, para agregar valor à essa produção, pois exporta quase tudo em produtos in natura, sem qualquer beneficiamento. Como exemplo, podemos citar o Ceará, que tem grande e sólida indústria de couro e têxtil, inclusive voltadas para exportação e turismo local, sem nada ter de significativo de produção agropecuária. Isso gera valor, multiplicando várias vezes o faturamento das indústrias e gerando milhares de empregos, renda e, por conseguinte, impostos.

Hoje, 23/06/2022, o Sine-MT, aponta que há oferta de 1.696 vagas de emprego² e poucas são preenchidas imediatamente, apenas e exclusivamente, por falta de qualificação. Por erros passados dos governantes, independentemente de cor e ideologia partidária, apesar de pequenos avanços, não priorizaram a educação e a capacitação suficientemente para atender a demanda e, ainda, com altíssima taxa de natalidade. Então juntou-se, a cada ano, uma nova geração de jovens que não têm oportunidade do primeiro emprego, com a geração daqueles que tinham empregos, mas que foram demitidos devido a grave crise econômica.

Sabemos que há plataformas de cursos online gratuito e, o melhor, o denominado Sistema S, o SESC, SENAI, SENAC, SENAR e SEBRAE, possuem cursos de qualificação, gratuito ou não, que resolvem, de imediato, o problema de escassez de pessoas qualificadas, tão procuradas pelas empresas privadas do Estado. Muitas vezes, conseguem ocupar a vaga, pessoas "importadas" de outros estados. São cursos de poucas horas, dias, semanas. Isso é rápido. O que os governantes poderiam fazer imediatamente, já sabedor de qual é o tipo de qualificação o mercado está procurando, seria convênios com todo o Sistema S para ofertar muito mais vagas gratuitas para a população, além de divulgar amplamente e por diversos meios, os cursos e vagas ofertadas, não só na capital, mas em todo o Estado e/ou cidades polos.

Dessa forma, se pensando em soluções a curto, médio e longo prazos, pode-se vislumbrar um futuro mais promissor para toda a população do Estado de Mato Grosso, ou mesmo do país, pois poderia servir de exemplo, cases de sucesso. Enfim, a população com mais educação, formação e qualificação, estão muito mais preparados para o mercado, causando competição entre estes, o que oportuniza melhores salários e renda. Só assim teremos melhor distribuição de renda e o país poderá resolver praticamente todos os seus problemas de segurança e exigir dos seus governantes, mais qualidade nas obras, melhor saúde, educação, lazer, entre outros.


Jadson Barros é Administrador e gerente de Recursos Humanos
xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet