No mês de conscientização sobre a prevenção do suicídio, a campanha Setembro Amarelo levanta discussões urgentes sobre saúde mental. Entre os temas que merecem maior destaque, a violência sexual se sobressai por seus impactos profundos e devastadores.
Essa violência atravessa idades, gêneros e classes sociais, afetando crianças, jovens e adultos de forma brutal. O mais alarmante é o silêncio forçado que muitas vítimas são obrigadas a manter, presas ao medo e à pressão dos agressores, perpetuando um ciclo de dor invisível.
A violência sexual não se restringe ao abuso físico. Suas consequências envolvem a destruição da autoestima, o comprometimento da saúde mental e cicatrizes emocionais profundas que, se não tratadas, podem levar a depressão severa e pensamentos suicidas. A sociedade, portanto, deve ficar atenta aos sinais sutis que indicam que algo está errado. Crianças e adolescentes podem apresentar mudanças bruscas de comportamento, pesadelos, queda no rendimento escolar, comportamentos sexualizados ou medo de certas pessoas. Em adultos, o isolamento, mudanças de humor, uso de substâncias e transtornos de ansiedade podem ser sinais de traumas não verbalizados.
Setembro Amarelo nos oferece a oportunidade de discutir esses sinais e reafirmar que o silêncio em torno da violência sexual precisa ser quebrado. Agressores frequentemente utilizam ameaças e manipulação emocional para silenciar suas vítimas, criando um ambiente de medo e solidão. No entanto, uma rede de apoio formada por familiares, amigos ou profissionais de saúde pode ser essencial para que a vítima se sinta segura para falar e iniciar sua cura. É crucial que pais, responsáveis e a sociedade estejam vigilantes a qualquer sinal de alerta e busquem ajuda ao menor indício de que algo está errado.
O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional gratuito 24 horas por dia, criando um espaço seguro para quem precisa ser ouvido. Transformar o silêncio em acolhimento é um passo fundamental para construirmos uma sociedade mais justa e cuidadosa. Faça parte dessa causa e ajude a transformar vidas.
Mariana Vargas Sifuentes é Advogada Membro da Comissão da Mulher Advogada Pós-graduada em Direito Digital e compliance
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