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Opinião

O pior já passou

Ramiro Azambuja

Os últimos cinco anos foram difíceis para o setor de construção civil e mercado imobiliário em todo o país, mas 2020 começa com ares e indicadores otimistas.

É preciso olhar para alguns números para entender o cenário. A queda da taxa Selic para 4,25% tem um impacto direto na oferta de financiamento imobiliário. Com essa redução, a Caixa Econômica Federal, maior financiadora do segmento, também cortou suas taxas e, em alguns casos, reduziu até 25% as parcelas do financiamento de imóveis.

Isso significa que tem mais gente comprando. Até novembro de 2019, o SBPE – Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo – já tinha registrado mais de R$ 70 bilhões investidos em aquisição e construção de imóveis.

Os números de lançamentos imobiliários cresceram quase 24% no último trimestre de 2019, em comparação ao mesmo período do ano anterior, e as vendas cresceram 15,4% no mesmo período, segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção.

Desde 2015 não se viam números tão positivos e esses são apenas alguns que nos permitem entender o momento. O que vale em âmbito nacional também se aplica em Mato Grosso. O cenário econômico sugere que 2020 é de retomada da recuperação econômica e isso representa uma boa oportunidade para compradores conseguirem negociações favoráveis e para investidores aumentarem a rentabilidade das suas aplicações.

Taxas de juros mais baixas, retorno de crédito ao mercado, potencial de rentabilidade maior estimulam a busca de imóveis como investimento e um nicho dos mais aquecidos é o de apartamentos menores e condomínios inteligentes, exemplo que vivenciamos na pele com o lançamento do conjunto habitacional VIDA Azaleias, em Lucas do Rio Verde. O empreendimento é um sucesso de vendas e já nos desafia, como empreendedores, a projetar novos lançamentos, para este ano, em outros municípios da região norte de Mato Grosso.

O fato é que os preços dos imóveis permanecem convidativos e ainda temos lastro para crescimento. A Fundação Getúlio Vargas estima que a demanda habitacional no Brasil é de 14 milhões de moradias até 2025 e elas não estão concentradas nos grandes centros, mas pulverizadas em todas as regiões do país.

Nós acreditamos nesse cenário e vamos continuar investindo no segmento por entender que, além das oportunidades de mercado, a construção civil ainda tem um componente muito importante para a economia da região, ou seja, gera emprego e melhora a qualidade de vida das famílias, desenvolvendo as cidades. É um ciclo virtuoso em que queremos estar e, apesar de ainda não podermos falar que está consolidado, já nos permite projetar um futuro cheio de oportunidades.


 
Ramiro Azambuja Diretor-Presidente da EMHA Construtora e Incorporadora
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