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Opinião

As eleições e a janela suja

Wilson Carlos Fuáh


                       No jogo político nada mudou, ou até piorou, por que os políticos ao invés de apresentar projetos para melhoria dos serviços públicos, estão mais preocupados com a vida dos outros candidatos, estão preocupados mais em ver a vida dos outros pela “janela suja”, e os debates e entrevistas até parecem conversas de lavadeiras, igual a essa história de vizinhas:
                      Todos os dias durante o café da manhã, a mulher falava para o marido olhar pela a janela, o marido olhava, e ela falava que os lençóis pendurados no varal da vizinha, estavam muitos sujos, encardidos, amarelados, e ainda julgava: ela não sabe lavar ou parece que não tem sabão. E assim, todos os dias era a mesma coisa. Até que um dia, durante o café da manhã, ela falou para o marido:
- olha meu bem, como os lençóis da nossa vizinha estão brancos, ela deve ter comprado sabão.
                   O marido aliviado de tanto ouvir a conversa de lavadeira, respondeu:
- “Hoje eu levantei mais cedo que você e lavei todos os vidros das nossas janelas que estavam muito sujas, e que você deveria fazer é trabalhar mais, e não ficar preocupada com a vida da vizinha”.
                             Vejam que durante a campanha política deste ano, a história da "janela suja", está  bem representada, pois os políticos estão preocupados tanto com a vida e história dos adversários e não se preocupam com a sua própria história, por isso, que a baixaria está sendo o tema principal nos debates nesta eleição para Prefeito.
                              Durante a eleição a história do candidato conta muito, e durante as campanhas aparecem os textos apócrifos e os vídeos com produção cinematográfica, chamados FAKENEWS.
                           E, apesar de saber que o indivíduo que divulga ou repassa uma notícia falsa sobre alguém, está cometendo crime de difamação, e podem provocar enormes estragos pessoais ao atingir o candidato adversário, são tentativas de destruições explícitas  e repetidas diariamente nós programas eleitorais, que na verdade, são considerados atos covardes e criminosos, pois são ancorados em mentiras e fatos irreais, possibilitando a desconstruções das histórias e das personalidades dos adversários.
                            Hoje o candidato ao invés de focar em projetos e plano de governo, pensando na modernização e no desenvolvimento de projetos destinados as camadas da sociedade carente que precisam muito dos serviços públicos e melhor qualidade de vida, alguns candidatos estão mais preocupados com as desconstruções dos adversários, e prega o ódio a todos os adversários, e na visões destes, são vistos como inimigos mortais; pois esse concorrente pode interromper as grandes possibilidades de conquistadas de poder individualmente e do grupo que investe em busca de retorno financeiro.
                            Vejam que a briga começa antes e depois das convenções, são componentes do mesmo partido praticando traições antecipadas ao não aceitar o resultados das convenções, e a partir daí, começam as rasteiras, e que são aplicadas diariamente, e que se danem as ideologias partidárias, são na verdade candidatos tentando a todo custo, estabelecer os projetos pessoais ou as vantagens inconfessáveis que só o poder dominante possibilita a serem conquistadas.
                             E, após a contagem dos votos, a Senhora Democracia traz à tona,  as caras dos vencedores, e ainda dá o direito aos eleitores que erraram, corrigir nas próximas eleições.
                            Por isso, que a luta pelo poder virou guerra e com uso de golpes baixos, e para ganhar uma eleição, alguns políticos estão partindo o “VALE TUDO”, mas o povo não merece assistir essas avalanches de bate boca, e fica a constatação que existem muitos políticos olhando os adversários pela "janela suja" da política.


Econ. Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em   Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas. Fale com o Autor: wilsonfua@gmail.com    
 

    
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