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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Métodos contraceptivos: escolha deve seguir orientação médica

da assessoria

Quando se fala em método contraceptivo feminino, a primeira opção que costuma vir à mente é a pílula. Mas, além dela, há várias outras opções disponíveis no mercado. O importante é que a escolha do método passe por cuidadosa avaliação e orientação médica, para identificar a possibilidade da existência de fatores de risco nos quais o contraceptivo possa vir a causar prejuízo à saúde. Mulheres com câncer de mama, por exemplo, não podem utilizar nenhum medicamento com base em hormônios, devido ao risco de piora da doença.

“Os critérios para escolha do método são muito importantes para evitar complicações graves como Acidente Vascular Cerebral, Infarto, entre outros”, alerta a médica ginecologista e cooperada da Unimed Cuiabá, Bruna Pinheiro Ghetti do Amaral. Antes de optar por um método contraceptivo, é fundamental procurar um especialista para que a decisão ocorra mediante orientação profissional. A escolha do método contraceptivo deve ser feita de forma conjunta entre a usuária e o médico, sendo respeitado o desejo da mulher, analisando se não há contra-indicação do uso do remédio e que seja mais adequada para a paciente. Além disso, é necessário fazer acompanhamento periódico para verificar se o uso do método está correto e se não houve o aparecimento de algum problema.

Variedade - Os métodos contraceptivos têm a finalidade de evitar que a relação sexual resulte em gestação, sendo uma forma de planejamento familiar para constituição de uma prole programada e desejada. Atualmente, há vários tipos de anticoncepcionais disponíveis no mercado com diferentes tipos de administração. Os mais comuns são, pílulas combinadas que contém estrogênio e progesterona, podendo ser de uso contínuo ou com pausa, pílulas de progesterona, injetável mensal combinado que contém estrogênio e progesterona, injetável trimestral, adesivos, anel vaginal, implante subdérmico (por baixo da pele) e DIU hormonal.

Efeitos colateriais - Existe a possibilidade de que, em algumas mulheres, o uso de contraceptivos apresente efeitos colaterais. Entre os mais comuns estão náuseas, vômitos, intolerância gástrica, cefaléia, dor nas mamas (mastalgia), alterações de humor e sangramento irregular (spotting). “Portanto, após 30 dias do início de sua utilização, deve haver o retorno ao consultório para nova avaliação”, observa Bruna Ghetti.

Benefícios - Conforme a ginecologista, além de impedir uma gravidez indesejada, os métodos contraceptivos proporcionam outros benefícios como controle do ciclo menstrual, controle de anemia ferropriva, por diminuir o sangramento que ocorre durante a pausa, controle da dismenorréia (cólica menstrual), bem como prevenção e tratamento de cistos ovarianos e redução da incidência de câncer de ovário e endométrio.

Fertilidade - Pílulas anticoncepcionais não prejudicam a fertilidade da mulher após a interrupção de sua utilização, mesmo após longo tempo de uso. De acordo com a médica Bruna Ghetti, o retorno à fertilidade, mesmo com o uso prolongado do método hormonal, ocorre entre 4 e 5 meses, podendo ser um pouco maior em métodos injetáveis.

Eficácia - Há alguns hábitos que podem interferir na eficácia do contraceptivo. Esquecer de tomar a pílula, ingerir muita bebida alcoólica e regurgitar são alguns exemplos. O uso de antibiótico também pode reduzir a eficácia da pílula anticoncepcional. Esse efeito está associado a alguns anticonvulsionantes, ansiolíticos e antibióticos, entre eles: fenitoína, fenobarbital, carbamazepina, oxcarbamazepina, topiramato, felbamato, ritonavir, primidona, rifampicina e griseofulvina. Portanto, é recomendado o uso do método de barreira (preservativo) e retorno ao médico de referência.

Segundo a médica Bruna Ghetti, a proteção é feita combinando o uso da camisinha com outro método anticoncepcional, com a finalidade de promover a prevenção da gravidez e da contaminação pelo HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis. “Os métodos contraceptivos não previnem contra nenhuma doença sexualmente transmissível, sendo importante a associação com o método de barreira”, finaliza.

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