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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Dia do Índio

‘Aldeia de Vivências’ coloca conhecimento, cultura e música indígenas em evidência durante todo o dia

Foto: Helena Corezomae

‘Aldeia de Vivências’ coloca conhecimento, cultura e música indígenas em evidência durante todo o dia
Em um Estado marcado pelo agronegócio, a população indígena, primeiros habitantes da terra resiste. E para comemorar essa resistência e difundir sua riqueza cultural, neste Dia do Índio (19), o evento ‘Aldeia de Vivências’ traz um dia inteiro de programação, com exposição de artesanato, roda de conversa e apresentação musical. Com entrada gratuita, o evento  se estende até as 19h, no Salão Social do Sesc Arsenal. Na ocasião, também é lançamento o site ‘Territórios Criativos MT’, vitrine universal da cultura indígena de Mato Grosso.

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A proposta é ser uma vitrine de apresentação de suas riquezas culturais à sociedade de fora das aldeias. Assim, no evento, serão apresentados os resultados decorrentes do projeto “Territórios Criativos Indígenas” (TCI). A 'Aldeia de Vivências' é realizada pela Secretaria da Economia Criativa do Ministério da Cultura (MINC/SEC) e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) com apoio do Sesc.

Serão dez horas de programação a partir das 9h onde serão disponibilizados estandes com vendas de produtos até 19h, dentre eles: CDs da orquestra de violinos, biojoias, pacote de visita à aldeia xavante e muito mais. Estarão presentes na ocasião, pelo menos 30 indígenas das etnias Chiquitano, Umutina, Xavante, Bakairi, que vão apresentar os produtos e as atividades culturais aos visitantes.

O objetivo do TCI, conforme os organizadores do evento, é fortalecer uma economia da cultura ligada às comunidades indígenas: Bakairi, Chiquitano, Umutina e Xavante, valorizando e respeitando o conhecimento tradicional e saberes locais, gerando renda dentro das próprias comunidades e estimulando a economia solidária e arranjos produtivos locais.

Basicamente, o TCI consiste em Capacitação-Consultoria, Site e Catálogo - virtual e impresso - e a apresentação da Aldeia de Vivências. A capacitação e consultoria foram direcionadas para as quatro comunidades indígenas envolvidas no Projeto, tendo como foco a melhoria na produção, mapeamento de editais e fundos públicos, fortalecimento de redes; divulgação e comercialização dos produtos; conhecimento sobre os direitos de propriedade intelectual, patrimônio material e imaterial.

Já o site e o catálogo virtual são espaços dedicados à venda direta ao consumidor e também, de contatos para vendas no atacado, para moradores e lojistas residentes dentro e fora do estado de Mato Grosso. Haverá no site, também, espaços dedicados à disponibilização de informações sobre os povos envolvidos no projeto focando a produção oriunda de cada um deles e contatos para comercialização.

A vitrine de apresentação dos resultados coroa o projeto neste final com lançamento do site, encontro com investidores, momento para debater políticas públicas e parcerias para as comunidades indígenas, além da avaliação final. Estará presente no evento, o diretor de empreendedorismo, gestão e inovação da secretaria de políticas culturais do Ministério da Cultura, Gustavo Vidigal.

Exposição de artesanato

Em parte das exposições do dia estão às criações “Bôloriê Umutina”, uma série de biojoias de uma beleza ímpar, natural e multicolorida que traduz toda a sensibilidade do povo Umutina, um grupo indígena que habita a margem direita do rio Paraguai, na cidade de Barra do Bugres/MT, onde vivem na Área Indígena de mesmo nome, com 28.120 hectares. Nesse território habitam 453 indígenas, divididos em duas aldeias. Na Bakalana estão 53 pessoas e na central, a Umutina, vivem 400 pessoas.

Na Área eles têm sua própria denominação, se reconhecem como o povo Balatiponé, que significa ‘gente nova’. A economia da comunidade baseia-se na pesca, produção de artesanato e na comercialização do excedente de alguns produtos das roças familiares.

As biojoias são produzidas principalmente com sementes encontradas no território Umutina e geralmente são confeccionadas pelas mulheres. Essas sementes utilizadas são colhidas uma ou duas vezes no ano e armazenadas para uso durante o ano inteiro, o que possibilita gerar modelos que são produzidos somente pelos artesãos Umutina.

Programação completa

9h – Abertura e lançamento do site com fala do diretor de empreendedorismo, gestão e inovação da secretaria de políticas culturais do Ministério da Cultura, Gustavo Vidigal (MINC), Ludmila Brandão (UFMT) e representante das comunidades

10h - Conversa da Orquestra Chiquitano com o segmento da música em Mato Grosso

12h às 14h– Intervalo para Almoço

15h - Roda de conversa com o público em geral sobre: Cultura, desenvolvimento e povos tradicionais – a ser conduzida por Gustavo Vidigal.

19h - Show de lançamento do CD dos Chiquitano
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