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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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LIVRO DIGITAL

Poeta cuiabano em algum século perdido ‘explode’ em e-book

Foto: Divulgação

Poeta cuiabano em algum século perdido ‘explode’ em e-book
Lançado há pouco mais de dois meses, o livro ‘Solstício ao Luar’, do navegante cuiabano-rondonopolitano Rodrigo Brito é, nas palavras do autor, um apanhado de 66 poemas de explosões surrealistas. Apesar da natureza sofrida, soturna e romântica de sua persona – com a qual engana desavisados, e nos quais cria um sentimento parnasiano de séculos passados à ferro e fogo, o formato escolhido pelo enfant terrible das letras do cerrado para lançar a obra remete ao futuro.

“Lancei o meu primeiro livro digital de poemas com a ajuda do meu irmão Ricardo Brito, que foi o responsável pela capa e diagramação. Os e-books são formas contemporâneas, criativas, espontâneas e acessíveis que estão marcando a nova literatura. Me apropriei disso, só que em breve vou lançar o livro impresso”, explica o esquivo escritor, que como a maioria dos amantes das letras desponta nas cores de suas vestimentas a sua predileção pelas atividades noturnas.

Ao falar sobre a arte de escrever, Rodrigo define sua poética como uma proposta de desconstruir a racionalidade e realidade. “Com isso ofereço a criação de um universo onírico, sinestésico, visionário e pictórico. O Surrealismo é uma arte vanguardista e tenho muito orgulho de minhas influências estéticas, que são Ciro Pessoa, André Breton e Salvador Dalí. Considero-me um privilegiado pelo meu intenso contato com essa vanguarda. É um prazer saber que para algumas pessoas, os meus poemas foram o primeiro contato com o Surrealismo”.

Ao falar sobre o mister do poeta e sua relação com a natureza capitalista de um mundo cada vez mais voltado para o consumo, o escritor se põe a desferir críticas. “Ser poeta em uma sociedade que está cada dia mais imediatista e pragmática é ser, nas palavras de Cruz e Souza, o "grande assinalado". Eu escrevo poemas, porque eu gosto. Não me preocupo com o dinheiro. A minha alegria será saber que as pessoas estão lendo e se interessando pela estética que eu defendo”.

Pequena grande biografia

Rodrigo Fernandes Ferreira Brito nasceu em Cuiabá, Mato Grosso. Residente em Rondonópolis, cursa a graduação de Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso. Dedica-se à literatura desde 2006. Iniciou a carreira poética sobre a influência do Romantismo de Álvares de Azevedo, Junqueira Freire, Casimiro de Abreu, Byron e Keats. Em julho de 2012, descobre as canções de Ciro Pessoa, a escrita automática de André Breton, as imagens inusitadas de Salvador Dali e dedica-se desde então, os seus suspiros lisérgicos ao Surrealismo.

Têm poesias publicadas nos jornais A Tribuna (Rondonópolis), Zero Hora (Porto Alegre), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e nas antologias “Concurso Literário ‘Prof. Sérgio Dalate’: Contos e Poemas (EDUFMT, 2009), “Concurso Nacional Novos Poetas 2012: Prêmio Sarau Brasil” (Vivara, 2012) e no site Recanto das Letras.
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