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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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cerrado groove

Depois de tocar rasqueado autoral com a Orquestra Sinfônica, Henrique Maluf grava DVD com sua banda de black music

Foto: Tcheló Figueiredo

Henrique Maluf e Cerrado Groove

Henrique Maluf e Cerrado Groove

Uma carreira consolidada é o que o cacerense Henrique Maluf alcançou. Hoje, quinze anos depois das primeiras apresentações na noite do interior do estado, ele tem muitos projetos no currículo, como por exemplo, a participação na ‘Nova Música Nova’, junto à Orquestra Sinfônica da UFMT. Nessa sexta-feira (10), ele assina mais um grandioso, com a gravação do DVD de “Henrique Maluf e Cerrado Groove”, que conta com diversas participações e um repertório repleto de músicas para “fazer você dançar, cantar, se balançar ao som da Black Music!”.

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Henrique começou aos catorze anos tocando com os amigos. “Minha memória mais antiga é música. Meu primeiro palco foi aos sete anos de idade, quando cantei Asa Branca no intervalo da escola”, conta. De lá pra cá ele já dirigiu espetáculos folclóricos que rodaram em turnê pela Europa, criou uma banda de rock’n’roll “para gente grande”, repertórios de samba e música latina, além de seu trabalho com música autoral e, há cerca de um ano, começou a se dedicar também à Black Music.

O primeiro contato foi com o tributo a Tim Maia. Com o sucesso, ele decidiu fazer algo maior. “No mundo inteiro existem baladas Black, né? Baladas de Black music. (...) e eu pensei po, como Cuiabá vai ficar de fora disso?”, conta. “Falei galera, vamos montar uma banda de Black music. Vamos montar um repertório, a gente pega Tim Maia, Stive Wonder, essa onda Black. E comecei. Peguei uma coisa bem lado B também”.

No início, com o nome ‘Henrique Maluf e Project Soul’, a banda tocou em diversos bares da cidade, e percebeu que precisaria modificar o repertório para trazer mais o público. O nome também teve que mudar, já que uma banda norte-americana homônima reclamou o direito sobre a marca.

A partir daí surgiu o ‘Cerrado Groove’. O nome, bem mais regional, já estava na cabeça de Henrique há um tempo. “Nós estamos no cerrado, né? É o nosso maior bioma. E ‘groove’ é uma gíria norte-americana usada na música em geral, entre os músicos, que seria como swing”, explica.

Disco, funk, soul e samba rock é o que Henrique e Cerrado Groove tocam. Neste sábado (10), será apresentado ao público o primeiro single da banda, “Esse teu sorriso”, um samba funk. Além dela, no repertório estão músicas de James Brown a Bruno Mars, de Tim Maia a Criolo. Tudo com participação especial de Lorena Ly, Ana Rafaela, Manú Paiva, Raphael Koury, Linha Dura e P-Brother.

Este espetáculo tem a direção geral de André D’Lucca, que conta que a sintonia com Henrique já existe há um tempo: “Eu aceitei esse desafio, primeiro porque eu conheço o trabalho do Henrique há quase quatro anos. A gente fez uma parceria no Liu Arruda, e eu percebi que o trabalho dele agregava muito ao meu. Então a gente fez uma parceria e os meus espetáculos, todos praticamente, ele que faz a parte musical. E ele precisa aprender a produzir, então um dos objetivos é ele aprender a produzir os shows dele pro teatro, pra não ficar refém de ninguém”, afirma.

A gravação do DVD será no Teatro da UFMT, e segundo Henrique, a escolha é exatamente para mostrar o trabalho da banda de forma ‘pura’. “Quando você leva o espetáculo pra sala dum teatro, você agrega um valor muito importante ao trabalho, principalmente ao trabalho popular. (...) As pessoas que vão num teatro vão manter um silêncio total, e vão ter três espetáculos acontecendo, de som, iluminação e de música, e as pessoas receberão isso da melhor forma possível”, afirma.

A banda tem sete músicos, e no dia do show haverá doze (cinco convidados). Henrique ainda afirma que a banda usa muitos artifícios tecnológicos tanto com o DJ, quanto com o baterista e a pedaleira de voz. A iluminação é de Lorival, com vinte e poucos moves.

Nova Música Nova



Apesar da grandiosidade da gravação de um DVD, Henrique afirma que sua maior experiência foi a participação, no último dia 20 de maio, do concerto “A Nova Música Nova”, do qual fez parte junto a outros novos nomes de Mato Grosso.

Conhecido do maestro Fabrício Carvalho por ser estudante de música da UFMT, Henrique levou o convite como um grande elogio ao seu trabalho, principalmente por fazer o encerramento do espetáculo.

Veja vídeo do espetáculo:



Na apresentação, ele mostrou três musicas de seu repertório atual: Corre Menino, A lenda da índia das lágrimas de ouro e Sapato Branco. As duas primeiras, rasqueados compostos por Rocco Martins, e a última um samba dele mesmo. “Tocamos rasqueado com novas poesias, novos acordes, falando de coisas diferentes”, conta. Essas músicas estarão, também, no EP que será lançado até o próximo mês de agosto.

Para ele, a emoção da apresentação fez com que ela fosse a maior de sua carreira. “Transformar quatro cordas [do violão] em duzentas... isso se chama polifonia. Eu não sabia de onde estava vindo! Tava tudo rolando no ar. (...) É uma experiência que eu acho que todo músico tinha que ter na vida”, afirma. A partir dali, e nessa fase de sua carreira, ele acredita que os rumos estão cada vez mais certos, com um público mais fiel e surpreso com seu talento.

Serviço

Gravação do DVD ‘Henrique Maluf e Cerrado Groove’
Sexta (10) – 20h
Local: Teatro da UFMT
Ingressos: Cabeça de Pacu; Ingressos MT e na bilheteria do teatro
Preço: R$30 (inteira); R$15 (meia)
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