A meta é comemorar os 300 anos de Cuiabá com todos os viadutos e trincheiras coloridos e repletos de obras de arte. Para isso, o projeto ‘Cuiabá Cidade Viva’ segue a pleno vapor. Depois de concluir a revitalização do Viaduto do Despraiado e da Orla do Porto, os próximos passos são o viaduto do Parque Cuiabá, do Jardim das Américas e do Tijucal.
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O projeto nasceu de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura, a de Meio Ambiente e a de Serviços Urbanos, a partir do desejo do prefeito Emanuel Pinheiro de embelezar a cidade e levar as obras de arte para mais perto dos moradores de bairros periféricos.
“E é muito mais do que só embelezar. Além das obras, nos viadutos nós também arrumamos a iluminação, a urbanização e a jardinagem. E no Viaduto do Despraiado, por exemplo, vamos colocar um tipo de praça de alimentação”, contou ao Olhar Conceito o secretário adjunto de cultura, Junior Leite. “Neste quesito, são duas demandas, a de criar uma atração para o cidadão e a de criar opções para os trabalhadores, já que vemos tantos desempregados por conta dessa crise”.
No viaduto do Parque Cuiabá, por sua vez, será instalado um ‘espaço kids’ com parquinho, e todos receberão iluminação de LED, para poder mudar de cor de acordo com a época do ano. “A ideia é mudar durante o Outubro Rosa, Maio Amarelo, e integrar essas campanhas”.
Os artistas da cidade também foram contemplados com esse projeto. No Viaduto do
Despraiado, por exemplo, foram pagos R$ 48 mil para as 16 obras, sendo que alguns artistas pintaram duas, e outros só uma. Já na Orla do Porto, onde quatro artistas trabalharam, o valor investido foi de R$ 8 mil.
Grafite na Orla do Porto (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)
“E este dinheiro veio de uma parceria com o Ministério Público, que investiu valores de TACs como uma forma de devolver para a sociedade”, explica Junior. Os ‘TACs’ são Termos de Ajustamento de Conduta que empresas têm de pagar quando são autuadas pelo MP.
O secretário adjunto ainda explica que será feito ‘rodízio’ de artistas, para que todos sejam contemplados. “Contratamos tanto os já renomados quanto aqueles que estão começando e não têm oportunidade. Nos viadutos, nós optamos pelos artistas plásticos, e nas trincheiras e na Orla serão os grafiteiros, porque os paredões são mais adaptáveis a este tipo de arte”.
Segundo Junior, o plano é revitalizar, primeiro, todos os viadutos (já que eles tem, além das obras de arte, os espaços de convivência) e depois as trincheiras. Um dos grandes desafios será a trincheira Jurumirim, por ser uma das mais extensas. “Quando formos trabalhar na Jurumirim vai ser preciso bloquear pelo menos um lado, aos finais de semana, e a ideia é fazer um corredor cultural e convidar a população a assistir os artistas pintando ao vivo”.
O financiamento de cada obra será feito de forma específica, seja por meio dos TACs, de parceria com a iniciativa privada ou com investimentos da própria Prefeitura. “Queremos, Emanuel, Francisco Vuolo e eu, dar um espaço, socializar as artes com a população. E não é só deixar a cidade bonita, é valorizar a arte cuiabana”, finaliza.
