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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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'Musica no Jardim'

Vera Capilé se apresenta no Jardim do Sesc para cantar a natureza singela

Foto: Divulgação

Vera Capilé se apresenta no Jardim do Sesc para cantar a natureza singela
Com os pés no chão, sob a luz do luar, no jardim, cantando a natureza. O clima de comunhão vem mais notadamente porque Vera Capilé se apresenta neste sábado (27) em mais uma edição do projeto Música no Jardim do Sesc Arsenal, acompanhada de amigos no palco e ainda, pela música de outros.

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Para enriquecer as canções do seu disco Cirandando, os músicos em palco lançam mão de vários instrumentos para realçar arranjos diversos formando uma verdadeira orquestra. O parceiro incondicional, Habel Santos, o “maestro do show”, como ela diz, mostra sua versatilidade tocando acordeon, teclado, violão e viola de cocho.

Enquanto isso, Raul Fortes demonstra seu talento com instrumentos percussivos, Karol Bataioli com o violoncelo, Neto executa a classe de sopros. A propósito, foi ele quem gravou o Cirandando, o que garante ainda mais fidelidade ao som que permeia o disco lançado em 2011 e que dá nome a show de hoje. Normalmente, segundo ela, nos shows, é Fernando Reis quem faz o trabalho de Neto. Mas Fernando não participa desta empreitada porque acompanha o Flor Ribeirinha no Festival de Dança de Joinville, tocando viola de cocho.

A plateia vai ser conduzida aos mais puros sentimentos e comunhão com a natureza, porque todas as canções são permeadas pela temática do homem em contato com a terra, com as matas e os animais. Numa perfeita harmonia que ela experimenta todos os dias, afinal, vive em uma chácara no perímetro urbano da capital. “São músicas minhas e músicas de amigos que batem o peito”, testemunha.

Músicas como a Fazenda, de Luth Peixoto que segundo ela, “fala sobre a ligação de nós, homens simples, com o meio rural. Há um trecho que diz que o sertão termina onde começa a cidade”.

Estela Ceregatti lhe presenteou com Céu Reduto, uma música que fala de saudade, da vontade de voltar, de reviver. Entre as composições, tem também a regravação de Botucuxu, música de Simone Guimarães e Ana de Holanda, ex-ministra da Cultura. “Ao ouvir os arranjos que preparamos, elas ficaram encantadas. Ana realçou a singeleza destes e também das canções autorais que faço”.

No repertório do CD e do show tem ainda Flor Amarela (Mariazinha), do violeiro André Balbino. “Música que fala de um amor simples, de vestido de chita limpinho, sempre digo a ele que me soa como um fado caipira”. Os estilos inusitados não param por aí, porque entre as composições próprias que ela executa neste show, tem até o samba-rancho Cheiro de Mato que é uma espécie de canção complemento do rasqueado Filhote desse Lugar que foi feito para um passarinho que passou uma pequena temporada em seu quarto até aprender a voar. A canção que dá nome ao disco, nasceu de uma conversa que teve com o neto Gerson, quando ele tinha 6 anos, precisamente 8 anos atrás.

Tem Varanda Cuiabana, de Gentil Bussiki e Pra Terra, de Maurício Detoni. Originalmente ao piano, na releitura de Vera ganha violão, violoncelo e contrabaixo, numa clara influência do produtor do disco, Ebinho Cardoso.

Para arrematar, quatro canções instrumentais do parceiro musical, Habel dos Santos integram o concerto. São elas, Alegro Pantaneiro, Tema de Yasmin, Entardecer e Parafraseando Bach.

Seguindo à risca o costume de cantar descalça, ainda que floreando a natureza por meio da música, Vera acaba por ser defensora do meio ambiente. “Tem tudo a ver com minha briga, de defender questões da terra, de nossas águas e matas”.
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