Na tentativa de ajudar 280 cães e gatos a encontrarem um lar, estudantes e professores do curso de Fotojornalismo de uma instituição de ensino superior se uniram na manhã deste sábado, 16, e voluntariamente trabalharam na elaboração de um ‘book’, tendo como os principais personagens animais vítimas de maus tratos ou que foram abandonados. O trabalho servirá para que interessados possam conhecer os bichos que encontram-se aptos para adoção.
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Vinicius Appolari
Profissionais envolvidos no projeto
Há seis anos, a professora Ângela Furtado, 50 anos, fundou a Ong 'CãoCuidado Cãoamor', que está instalada no bairro Goiabeiras. Hoje, o espaço abriga a cerca de 200 felinos e pelo menos 80 cachorros. O custo para manutenção e pagamento do prédio (adquirido por meio de financiamento por meio de instituição bancária) chega aos R$ 4 mil mensais. A arrecadação depende exclusivamente do empenho das fundadores e de seus parceiros.
Vinicius Appolari
A estudante do curso de Fotojornalismo, Vitória Sobral, de 20 anos, passou parte do dia trabalhando no projeto social. “Eu sempre gostei de animais e já tive um canil em minha casa. Já resgatei dezesseis cães. Hoje, são apenas duas (cadelas), mas também resgatadas da rua”. Para ela, poder ajudar e ainda aprender é a grande recompensa. “Faz com que o aluno saia da zona de conforto”.
Idealizadores da ação, os professores Rogério Florentino e Vinicius Appolari afirmam que a aula em campo garante maior sensibilidade ao futuro profissional, além da promoção de um olhar crítico, mais aguçado. “A ideia é sempre fomentar, instigar o aluno para que não se limite”, explica o professor Florentino. Ao
Olhar Direto, ele conta que todos os direitos autorais das imagens serão cedidos aos fundadores da organização social para divulgação em mídias socias.
A aula de campo contou com cuidados técnicos para garantir a qualidade do trabalho. Ao longo de mais de três horas de trabalho, conseguiram o registro de pelo menos 20 animais.
Vinicius Appolari
“As pessoas precisam ter consciência de que se trata de uma vida. A posse tem de ser responsável. Temos trabalho intenso de sensibilização", detalha Ângela a todos os que procuram o local para adotar um bichinho. Para ela, apesar da legislação vigente, as penalidades não são aplicadas em sua totalidade o que gera impunidade.
“Não abrange a parte da prisão, mas sim, de multa e aqui em Cuiabá nós já temos um trabalho com a (Diretoria de) Bem Estar Animal para aplicação de pesadas multas”.
Rogério Florentino
Para aqueles que desejarem ajuda, seja com alimentos, remédios e carinho basta entrar em contato por meio do Whats (65-9-9962-2955) ou pelas redes sociais. “Se quiser ser voluntário e ver no que se adapta mais e várias opções a que melhor irá se adaptar. Seja para ajudar na limpeza, no banho dos animais”, explica Ângela.
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