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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Jogador de poker mais velho de Cuiabá aprendeu aos 88 e coleciona troféus

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Jogador de poker mais velho de Cuiabá aprendeu aos 88 e coleciona troféus
Para quem pensa que existe uma idade limite para se aprender novas coisas e criar novos hobbys, o paulista Antônio Zanin, hoje aos 98 anos, prova o contrário. Fazendeiro a vida toda, ele jogava apenas ‘pontinho’ antes de conhecer, aos 88, sua nova paixão: o poker. De lá para cá, pratica semanalmente e já ganhou diversas competições, o que lhe rendeu um arsenal de troféus que enfeitam a sala de sua casa.

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Zanin nasceu em Jaú, a 297km da capital paulista. Mudou-se para o Paraná, onde se casou, e depois, já com as três filhas, veio para Rondonópolis. Cuidou de suas fazendas no interior de Mato Grosso, principalmente em Jaciara, por muitos anos, até que em 2008 mudou-se para a capital, e passou a viver de imóveis alugados. Foi aí que conheceu o poker.

“Antes ele passava a noite jogando pontinho, mas nunca perdeu um dia de trabalho. Chegava 5h da manhã e ia pra fazenda”, lembra a esposa, Idalcy Augusta Marçal. “Tinha uma mulher e o marido, a gente ia em quatro, cinco e jogava pontinho. Mas era jogo barato, coisa de família”, completa seu Zanin.

Segundo a esposa, foi um genro, chamado Cleber, que o levou para o clube. “Eu aprendi o poker aqui em Cuiabá, em lugar nenhum nunca tinha ouvido nem falar”, lembra o jogador. Com a prática – e segundo Idalcy, a inteligência – ele passou a ser reconhecido.

Aos 95 anos, foi convidado para participar do ‘BSOP Millions’, evento internacional de poker que aconteceu em São Paulo em 2015. Na ocasião, seu Zanin conseguiu deixar mais de 800 pessoas para trás. “Quando eu fui em lá em São Paulo, numa turma lá jogar, eles me viram no traje de caipira e pensaram que eu era bobo, que ficava dormindo, quieto... quando era no fim da manhã, quem levava todo o dinheiro deles era eu. Eles pensavam que eu estava dormindo, não estava não”.

Depois das vitórias, ele acabou sendo derrotado por um jogador chamado Fernando Luiz, mas mesmo assim chamou a atenção de todos. Tanto que, logo depois, foi convidado para ir para Las Vegas, mas não quis. “Eu não tenho vício de jogar pra ganhar, como as outras pessoas jogam. Pra minha natureza não dá. É só pra divertir. Se eu ver que não está certo o jogo, eu saio e volto”, afirma.

Apesar de a esposa garantir que o diferencial de seu Zanin é a inteligência, ele acredita em outras qualidades. “O jogo é o seguinte: às vezes nós estamos jogando e um cara faz uma aposta de vinte mil réis, quarenta... [mas] tem que pesquisar bem quem é o fulano. Porque às vezes ele colocou vinte mil réis, mas é falso, não tem nada no jogo. Aí ele puxa as cartas, e se você for inteligente, você paga. eEle tem uma dama, um rei... você tem um par de ás... pronto, ele perdeu o jogo. Tem gente que é estourado. Que fica bravo porque está perdendo. Tem que ter cabeça”, finaliza.
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