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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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‘Casa do Artesão’ não voltará a ter sede própria e tem ‘residência fixa’ no Salão Social

Foto: Reprodução

‘Casa do Artesão’ não voltará a ter sede própria e tem ‘residência fixa’ no Salão Social
O ‘Sesc Casa do Artesão’ não existe mais. Após meses de peregrinação, desde que saiu do endereço na Avenida 13 de junho - em um prédio tombado pelo Patrimônio Histórico que ocupava desde 1983 – passando por um lar temporário na Avenida Tenente Coronel Duarte, a Prainha, anexo do Programa Mesa Brasil, ele ‘estacionou’ dentro do Salão Social, no Sesc Arsenal, e passou a se chamar ‘Espaço do Artesão’.

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O que primeiramente foi identificado somente como mais um local temporário, foi confirmado como residência fixa pelo diretor regional do Sesc Mato Grosso, Carlos Alberto Rissato. Segundo ele, o número de visitantes aumentou após a mudança, tanto no ‘Espaço do Artesão’, quanto no próprio Salão Social.

“Quando a gente [da nova gestão] chegou, a gente percebeu que a Casa do Artesão, em função de ela ter a necessidade de sair de onde ela estava e ir para um novo local, ficou fora do alcance do turista e do público em geral. O acesso era difícil, então a gente teve uma redução na visitação muito grande”, afirmou o diretor. “A gente transformou isso aí em ‘espaço do artesão’, com um novo olhar, com uma nova perspectiva, onde eu tenho todos os espaços do Arsenal, que me fornecem possibilidades de oficinas de artesanato, próximos a esse espaço do artesão”.

Uma das críticas a esta mudança – que, segundo o gestor, foram ‘insignificantes’ – foi em relação ao uso do Salão Social para este fim, já que ali eram realizados os antigos bailes de carnaval, além de peças de teatro, espetáculos de dança e performances. Rissato, no entanto, nega. “O salão social foi utilizado duas vezes durante o ano de 2018. E num dos eventos foi um evento interno do Sesc. Então era uma área que estava sem utilização dentro do Arsenal”, afirmou.

Uma olhada na programação do Sesc em 2018, no entanto, mostra que, somente no Palco Giratório, foram nove espetáculos dentro do Salão, como “Looping: Bahia Overdub”, de um grupo a Bahia, “Cuco – A Linguagem Dos Bebês No Teatro”, de um grupo gaúcho, “Como Manter-Se Vivo?”, de uma artista pernambucana, “Fauna”, de um grupo mineiro, dentre outros (veja a programação completa AQUI).

Em seu endereço original, a ‘Casa do Artesão’ contava com cafeteria, salas para venda de artesanatos, salas de exposição e um museu, que ficava no porão do prédio. Segundo Rissato, o edifício precisa passar por uma longa reforma, e o objetivo do Sesc é transformá-lo em um ‘Centro Cultural de Mato Grosso’, a exemplo da ‘Casa de Cultura de Paraty’. Não há, entretanto, previsões para que isso aconteça.

“O antigo prédio onde funcionou a Casa do Artesão por um tempo, hoje necessita de uma reforma estrutural. Aquele prédio não é um prédio do Sesc, ele é um comodato com o Governo do Estado, ele é um prédio histórico, tombado pelo patrimônio, então qualquer movimentação ali envolve uma série de estudos e autorizações que nem sempre acontecem no ritmo que a gente gostaria”, explica. “Eu tenho um grande projeto ali em conjunto com a Universidade Federal de Mato Grosso, que envolve alguns professores, mestres e doutores em história e arquitetura, para que aquilo ali se torne um grande Centro Cultural de Mato Grosso, um Centro de Tradições Culturais de Mato Grosso, só que a gente não pode precisar quando isso vai ficar pronto. Um projeto desse tamanho envolve alguns milhões de reais”. O local que abriu a Casa do Artesão temporariamente, por sua vez, se tornará um restaurante popular para trabalhadores do comércio, já que fica anexo ao programa Mesa Brasil.

No novo ‘Espaço do Artesão’, os objetivos são outros. Com ele dentro do Arsenal, segundo Rissato, o acesso fica mais fácil, principalmente, para os turistas. “As pessoas, hoje, tem a possibilidade de ir lá conhecer o artesanato que é feito aqui dentro de Mato Grosso, entender melhor a cultura. Nas visitações o ônibus fica dentro do nosso estacionamento, e os turistas podem circular por toda unidade do Arsenal, onde ele tem acesso, eventualmente, no mesmo momento, a uma peça de teatro, a um cinema, ou a alguma apresentação artística que está sendo feita lá, e em paralelo a isso ele conhece o espaço do artesão, onde ele vê o artesanato mato-grossense na sua origem, na sua essência”, finaliza.
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