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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Mães da Santa Casa

Mães abrem mão 'de tudo' para acompanhar tratamento de filhos contra o câncer

Foto: Rogério Florentino/ Olhar Direto

Mães abrem mão 'de tudo' para acompanhar tratamento de filhos contra o câncer
Entre consultas médicas, exames e sessões de quimioterapia e radioterapia, as mães de crianças diagnosticadas com câncer presenciam de perto a batalha dos filhos durante o tratamento doloroso e invasivo. A maternidade para essas mulheres é marcada por lutas diárias em prol da vida da pessoa que elas mais amam. O Olhar Conceito conversou com duas mães que abriram mão de tudo para acompanhar a jornada dos filhos em busca da cura do câncer.

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Ao se deparar com a notícia que mudaria drasticamente o rumo da sua vida, essas mães ficaram vulneráveis, precisaram mudar de cidade, largar o emprego, viver com a angústia de se sentirem sozinhas e aprender a lidar com a saudade da família. São mulheres que possuem apenas o desejo de ver o filho curado.
 
Maxilaine da Trindade Oliveira é mãe da pequena Ana Caroline Oliveira, de 8 anos. As duas, que são moradoras de Juína (761 Km de Cuiabá), já estão há cinco anos em Cuiabá para o tratamento da criança contra a Leucemia.



Maxilaine recebeu o diagnóstico da filha quando a criança tinha apenas três anos. “Quando eu descobri que minha filha estava com leucemia foi um choque pra mim. Nós suspeitamos que ela estava doente quando ela começou a parar de se alimentar, a ficar com a barriga estufada e com muitos roxos pelo corpo”.

No início do tratamento, Ana sentiu muita fraqueza e dor nas pernas, ficou sem andar por aproximadamente três meses. A menina não pôde frequentar escola, nem brincar com outras crianças. Foram dois anos vividos praticamente dentro do hospital.

Dois anos e dois meses após obter a cura da doença, a menina foi diagnosticada novamente com leucemia. Naquele momento, Maxilaine viu a história se repetindo e entrou em desespero por não estar preparada para ver a filha passar pelo doloroso tratamento mais uma vez.

“Receber a notícia que minha filha precisaria recomeçar o tratamento porque a leucemia tinha voltado foi o momento mais difícil pra mim. Foi doloroso, eu não conseguia superar, não conseguia lidar com isso. Eu via ela fazendo o tratamento todinho de novo, via a força que ela estava tendo, e foi o que me deu força também. Ela foi meu porto seguro”, lembra.

Atualmente, a criança está em tratamento na Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, começou a estudar, está alegre e com mais condicionamento físico. “Graças a Deus já tem cinco anos que ela faz o tratamento e hoje está bem melhor. Minha filhinha voltou para a escola, ela está muito feliz porque está aprendendo a ler. Ela é muito esperta e muito brincalhona”.
 
A cura


 
Laura Rubia da Silva é mãe do Rhullian Barbosa de Moura Silva, de 13 anos. O menino recebeu o diagnóstico de Linfoma Hodgkin aos 12 anos. Mãe de três meninos, Laura relata a dificuldade que foi conciliar o tratamento do filho mais velho, tendo outras duas crianças em casa que também precisavam da sua atenção. “No início não tínhamos uma real situação do que estava acontecendo, de como seria o tratamento oncológico. Meus dois filhos menores ficavam em casa com meu esposo e eu no hospital. Foi muito difícil porque eles não entendiam porque eu não estava em casa, ficavam me chamando”, relata.

“Quando ele estava tomando a quimioterapia, teve todas as intercorrências, o psicológico ficou abalado porque teve a queda do cabelo e ele deixou de fazer as coisas que ele fazia antes. Ele via os irmãos brincando na piscina e ficava triste porque não podia entrar. Foi todo um trabalho para que ele não entrasse em depressão, não deixávamos ele sozinho, mas ontem mesmo ele teve crise de choro, chorou muito e ficou bem abalado.

Após seis meses de quimioterapia e mais onze sessões de radioterapia, a família recebeu essa semana a notícia mais aguardada por todos, Rhullian está curado do câncer. “A gente está mais feliz por ele porque acabou. É um presente enorme, estou muito feliz. A cura do filho é o presente que toda mãe queria receber aqui”, diz.
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