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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Ao som de rasqueado, amigos e familiares dão o último adeus em velório de Bolinha

Foto: Rogério Florentino/ Olhar Direto

Ao som de rasqueado, amigos e familiares dão o último adeus em velório de Bolinha
Ao som de rasqueado e com muitos amigos e familiares, Cuiabá velou na manhã desta terça-feira (6) o grande músico e ícone da cultura mato-grossense João Batista de Jesus da Silva, conhecido como "Bolinha", que morreu na tarde de segunda-feira (5), aos 79 anos de idade em decorrência de um AVC. Sob forte emoção, amigos prestaram uma linda homenagem ao artista na sala das Orquídeas, na Capela Jardins, em Cuiabá. O ex-governador do Estado, Julio Campos e o amigo, cantor, compositor e historiador, Milton Pereira, o Guapo, estiveram presente e falaram da importância e do legado que o artista deixará para o Estado.
 
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Bolinha era filho do Mestre Albertino e Dona Enedina Fernandes da Silva. Seu nome foi uma escolha do pai, que resolveu homenagear o santo do dia em que ele nasceu (23 de junho), dia de São João Batista. O músico estava com a saúde debilitada desde o ano passado, Bolinha precisou ser internado às pressas, no último sábado (03), após ter sofrido um Acidente Vascular (AVC).


 
Milton Pereira de Pinho, mais conhecido como Guapo, lembrou da importância do amigo e músico para a trajetória do rasqueado no Estado e disse que o legado que Bolinha deixa o povo cuiabano orgulhoso. “Ele era um artista multifacetário, tocou junto com a banda Jacildo e seus Rapazes, a primeira banda de rock de Cuiabá. Ele tocava jazz, blues, rasqueado e mais uma infinidade de ritmos. O Bolinha tem uma trajetória tão grande e influenciou tanta gente que ele deixou um valor tão grande para a nossa música tal como Tom Jobim deixou para a Bossa Nova e Louis Armstrong deixou para o Jazz americano. O valor dele é muito mais do que a gente pensa”, conta.



O ex-governador Julio Campos também esteve presente na homenagem e despedida do músico, de quem era muito próximo. Bolinha participou com sua banda de diversas campanhas políticas a convite de Julio. “Conheço o nosso querido e saudoso Bolinha desde quando eu nasci praticamente, desde quando me entendi por gente eu já acompanhava meu pai que era político e o mestre Albertino que já era um músico de prestigio, o Bolinha desde guri novo já era músico com seus 12, 15 anos”, diz.



Bolinha foi muito próximo de mim, na minha campanha para prefeito em 1972 onde fui candidato a prefeito de Várzea Grande pela primeira vez, eu com 25 anos de idade e ele bem jovem já tinha a banda e me acompanhava. A partir daí todas as minhas eleições de deputado, de governador de Estado, de senador, o Bolinha esteve presente com a sua orquestra comigo aqui na capital, em Várzea Grande e no interior todo, quando fui governador eu institui em levar, além da banda de música da polícia, o conjunto do Bolinha para demonstrar aos sulistas, aos gaúchos que tem aquela tradição muito bonita e muito forte, que também havia a cultura cuiabana e era uma surpresa muito grande”, completa.

O corpo do músico será sendo velado até as 16h na capela Jardins, sala das orquídeas, Rua Manoel Ferreira de Mendonça, bairro Bandeirantes, em Cuiabá. O local do enterro ainda não foi informado.

 
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