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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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​SEM PREJUÍZOS

Após quase 1 mês sem número de curtidas, influenciadoras de MT avaliam mudança como positiva

Foto: Reprodução

Após quase 1 mês sem número de curtidas, influenciadoras de MT avaliam mudança como positiva
Desde o último dia 17 de julho o Instagram passou a ocultar o número de curtidas, os likes, que as postagens de seus usuários recebem. A proposta veio para que a comunidade se engaje mais com as fotos e vídeos do que com a aceitação social vinda com as curtidas. Outro argumento foi para "diminuir o clima de competição entre os seguidores", que estaria afetando negativamente a saúde mental dos usuários.
 
As influenciadoras de Mato Grosso Cleia Weber, Camila Schmitz e Nathalia Goulart avaliaram a mudança como positiva. Segundo elas, após a mudança não houve qualquer prejuízo aos seus negócios ou em suas estatísticas de engajamento e acreditam que a nova postura da plataforma deve fazer com que os influenciadores se dediquem mais ao conteúdo do que aos números.
 
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A influenciadora Cleia Weber (@cleiaweber), hoje com 232 mil seguidores, achou boa a mudança e afirmou que seu trabalho pelo Instagram não foi afetado em nada.
 
“Eu achei muito bom. Trabalho há cinco anos somente com Instagram e o grande diferencial sempre foi conteúdo e profissionalismo, quantidade de likes não diz nada. Para as empresas que trabalho sempre são enviados prints dos relatórios de cada post então para mim não afetou em nada”.
 
Cleia ainda reforçou que curtidas não são parâmetros confiáveis para determinar o engajamento do público. “Qualquer um pode ter um milhão de seguidores e likes. Mas para viver de marketing digital você tem que ser criativo e engajado, não adianta. O retorno para as empresas são vendas, não likes. E se engana quem acha que agora pode postar tudo de qualquer jeito porque agora a criatividade e conteúdo é o grande ponto da questão”, afirmou.
 
A maquiadora e influenciadora Camila Schmitz Requia (@makesbycamila), com 85,6 mil seguidores, não viu prejuízos com a mudança, no entanto, suas críticas à plataforma estão relacionadas à falha na entrega das postagens aos seguidores. Ela acredita que este “problema” vem da intenção do Instagram em incentivar as postagens pagas.
 
“Com relação às curtidas não acho que seja prejudicial, mas o Instagram já foi uma ferramenta melhor de negócios para quem é empreendedor! Há um certo tempo eles vêm limitando a visibilidade para o público, quem quer sempre acompanhar uma determinada pessoa ou empresa tem que ativar as notificações e se manter ativo e interativo com os perfis que gosta, senão lhe é ocultado. O que valo muito hoje é manter um bom engajamento, ter constância”, disse.
 
Para Nathalia Goulart (@goulartnath), influenciadora com 81,9 mil seguidores, a percepção é a mesma, de que a entrega das postagens piorou. Ela afirma que isso agora é uma nova preocupação para os influenciadores e também acredita que é uma tentativa da empresa de incentivar as postagens pagas.
 
“Para mim hoje o que importa é a entrega da minha foto, que está péssimo independente de curtida ou não, o Instagram está boicotando todo mundo que trabalha com isso, não consegue entregar para todo mundo, então infelizmente hoje está tenso trabalhar com isso”.
 
Com relação à retirada dos números de likes, Nathalia afirmou que não sofreu qualquer prejuízo. Ela também citou que existem diversas maneiras para que as pessoas consigam comprar curtidas ou comentários, e portanto estes não são parâmetros confiáveis para determinar o alcance de um influenciador.
 
“Eu já trabalho há um tempinho com rede social e conforme a gente vai entendendo a gente vai conseguindo medir estatisticamente o engajamento, enfim. Para o meu trabalho [a retirada dos likes] não afetou nada, porque diferente do que muita gente pensa, o meu trabalho não é baseado em like, não é baseado em curtidas, porque isso é inflável, e isso não tem uma métrica correta. Sempre houve formas de comprar curtidas, assim como há formas de comprar comentários, e o meu termômetro nunca foi a curtida, meu termômetro é a entrega e o retorno em venda para o meu parceiro”.
 
Nathalia explicou que mede seu engajamento de outras maneiras, como nas interações com os “stories”, as impressões de suas fotos, quantos novos seguidores após uma postagem, quantas visitas no perfil, quantos compartilhamentos, etc.
 
“O que eu mais me preocupo é dar retorno ao cliente que está contratando o meu serviço, então se o meu cliente fala que uma postagem minha aumentou a venda de um produto que eu mostrei, isso para mim é o que realmente importa, hoje like não me representa”, disse.
 
Ela acredita que a mudança servi para que as empresas mudem a forma como decidem as contratações de influenciadores, se a pessoa está alinhada aos valores da empresa, ao objetivo da ação, e não o número de curtidas que recebe.
 
“É claro que muitas empresas viam o influenciador e contratavam de acordo com o like, o que eu acho que é errado. Independente de sumir o like ou não, a empresa precisa pedir o mídia kit do influenciador e não basear a contratação em número de like”.
 
Ela ainda disse que não acredita na justificativa de que a mudança veio como preocupação com a saúde mental dos usuários, mas sim para que haja uma mudança na forma como empresas e influenciadores pensam.
 
“Uma coisa que eu acho que teria que ser feita, além de tirar os likes para as pessoas que veem a nossa publicação, é também tirar para os influenciadores, porque esta conversa de que o Mark Zuckeberg tirou os likes por conta de depressão e etc, isso não existe, eu acredito que seja uma ladainha porque se ele realmente quisesse tirara os likes por conta da depressão ele teria tirado para todo mundo”.
 
“Eu acredito que isso veio para mudar esta diretriz, esta forma de empresa e influenciador pensar, e peneirar quem tem conteúdo e quem não tem, porque quem tem conteúdo hoje vai continuar tendo o mesmo engajamento de antes, e isso a gente pode mostrar para o nosso cliente antes e depois do trabalho. Então não me afetou em nada, tanto é que hoje eu estou trabalhando tanto quanto antes, graças a Deus, e acredito que quem tem conteúdo vai sobreviver a esta mudança”.
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