Uma ação criada entre amigos se expandiu e hoje arrecada dinheiro para comprar equipamentos de proteção individual (EPI) para trabalhadores da saúde de Cuiabá. A ideia foi da psicóloga clínica Iuna Montecruz, 45, ao ver amigos médicos se arriscando para salvar vidas sem nenhum recurso.

Leia também:
Psicólogas oferecem atendimento online gratuito a quem está sofrendo na quarentena
 
“Eu comecei a fazer há duas semanas, eu e meus amigos, e a gente estava fazendo com nosso dinheiro”, contou ao Olhar Conceito. Ao perceber que somente o empenho deles não seria suficiente, foi criada a vaquinha virtual, com meta de arrecadar R$3 mil, inicialmente.
 
Os produtos comprados são entregues a uma médica de confiança que trabalha na saúde pública, e ela as distribui para os colegas, fazendo o controle necessário. “Uma amiga minha, médica, disse que não tem nem papel pra enxugar as mãos, o negócio é grave, e o pico é daqui pra frente. No Einstein já são 90 profissionais afastados, o que será do SUS?”, lamenta a psicóloga.
 
Segundo Iuna, no início do projeto, chegaram a roubar dez caixas de máscaras doadas. Agora, o cuidado é maior ainda em relação à distribuição. O foco das doações, neste momento, é a máscara N95, que, infelizmente, já está difícil de encontrar na cidade.
 
“Estão precisando de macacões também. A gente chegou a comprar de apicultor, motoqueiro porque não tinha nada! O que a gente encontrou a gente comprou, mas queremos focar nisso agora. De sexta pra cá a gente já comprou umas 700 máscaras com o dinheiro da vaquinha, entre as simples de TNT e a N95 que a gente conseguiu”, explica.
 
Quem quiser contribuir com as doações deve acessar a vaquinha virtual AQUI.