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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Após 11 anos como manicure, cuiabana se reinventa e começa a vender pães durante pandemia

Foto: Arquivo Pessoal

Pão doce é um dos vendidos por Beatriz

Pão doce é um dos vendidos por Beatriz

Foram onze anos trabalhando como manicure, até que a cuiabana Beatriz Cirino, 25, se viu em uma situação inédita. Com as portas dos salões de beleza fechadas, sem clientela fixa em uma nova cidade, ela precisou se reinventar. Começou com o crochê, mas foi na venda de pães caseiros que viu uma luz para seus sustento. Agora, ela produz o pão de leite, integral e pão doce e, mesmo com o retorno das ‘unhas’, mantém este adicional à renda “é o que está salvando”.

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Beatriz nasceu em Cuiabá, mas se criou em Sorriso. Aos 14 anos, sua avó sofreu um acidente com fogo, e teve parte do corpo queimado. Como consequência, sua mãe, que estava desempregada, teve que cuidar dela, e a garota começou a trabalhar em um salão para ajudar a família. A técnica ela já sabia há algum tempo. Desde então, não parou mais. Mudou-se para Sinop e, recentemente, veio para Cuiabá fazer um curso, pois queria aprender também a mexer com cabelos.
 
No curso, ela conheceu o dono de um salão de Cuiabá, que a convidou para mudar para a capital e trabalhar com ele. Ela aceitou, trancou a faculdade de psicologia e veio. Em dezembro de 2019, mudou de emprego e passou a trabalhar no Seletto. Pouco tempo depois, no entanto, veio a pandemia do novo coronavírus, e o desespero.
 
“Aconteceu tudo isso, e pra mim foi complicado porque estou em Cuiabá há pouco tempo e não conheço muita gente... as meninas que fazem unha à domicilio já tinham clientes... e por não conhecer a cidade, não conhecer mais pessoas, foi bem difícil”, contou ao Olhar Conceito. “Fiquei duas semanas sem atender nenhuma cliente, todas estavam com medo. Primeiro surgiu a ideia de fazer crochê... comprei linha e agulha, vi vídeos e comecei a fazer, até que deu certo. Mas como o custo é mais alto, é difícil, as pessoas não podem gastar com futilidades agora”.
 
Depois do crochê, veio a ideia do pão. Ela fez em casa, para comer junto com sua companheira, há cerca de duas semanas, e os amigos começaram a pedir. “Uma cliente pediu pão integral, eu fui atrás, consegui fazer e ficou bom. Depois veio a ideia do pão doce... e só hoje eu tenho 12 encomendas”, comemora.
 
A venda dos pães foi o que segurou as contas da casa e, mesmo agora que o salão reabriu, ela não pretende parar. “O pão é um dinheiro mais rápido. Ainda não posso falar que tenho lucro, porque ainda estou investindo, comprando forma, e assim vai indo... mas é o que está salvando. É o dinheiro que a gente coloca gasolina na moto, compra comida pra semana”, explica.
 
E no futuro, a vida de Beatriz deve apontar cada vez mais para a panificação. “Eu trabalho em salão já tem 11 anos, tenho dores nas costas. Já sofri um acidente de moto, então a unha me judia bastante. Meu foco é estudar pra concurso público, então trabalhar em casa seria bem interessante, principalmente com tudo o que está acontecendo, assim também tenho contato com menos pessoas”, explica.


 
Serviço

Beatriz aceita pedidos às segundas, quartas e sextas, até o meio dia. As opções são:
 
Pão de leite R$12
Pão integral R$15
Pão doce R$18
Ela faz entregas em Cuiabá e Várzea Grande, sem taxa
 
Pedidos: (65) 98453-2713
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