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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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‘Maratona de jornalismo cultural’ traz palestras, debates e oficinas online

Foto: Karen Malagoli

‘Maratona de jornalismo cultural’ traz palestras, debates e oficinas online
Uma “maratona” de jornalismo cultural acontece entre os dias 9 e 15 de março de 2021, de forma totalmente online, e com ampla programação formada por palestras, oficinas e debates. O evento, que é totalmente gratuito, está com inscrições abertas para as oficinas até a próxima quinta-feira (25).

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Idealizada pela jornalista Maria Clara Cabral e contemplada pela Lei Aldir Blanc, a maratona coloca em diálogo profissionais mato-grossenses, público e uma referência no país quando o assunto é jornalismo cultural, o paraibano Jotabê Medeiros, que, com mais de três décadas de profissão, atualmente comanda o “Farofa-fá” na Carta Capital.

Representando a produção jornalística mato-grossense, participam Lorenzo Falcão, do site especializado em cultura, Tyrannus Melancholicus; o diretor da Rádio Assembleia, Eduardo Ferreira e a jornalista Marianna Marimon. Ambos, criadores do site Cidadão Cultura. Também integra o quadro de colaboradores do projeto, a jornalista Lidiane Barros, que soma na produção do evento com sua bagagem e paixão pelo segmento. 

Programação de abertura

A programação começa no dia 9 de março, terça-feira, às 16h, com quatro palestras: “Arte e jornalismo in(fusão)”, com Lorenzo Falcão; seguido de “Assessoria de comunicação para (in)formação de plateia” com Lidiane Barros, às 16h30; “Cultura na TV e Rádio mato-grossense”, com Eduardo Ferreira, às 17h e “A arte de fazer jornalismo literário”, com Marianna Marimon, às 17h30. Em seguida, das 18h às 19h, acontece um debate mediado por Maria Clara.

Encerrando a mostra de abertura, Jotabê Medeiros traz um “Panorama do jornalismo e da crítica cultural no Brasil”, a partir das 20h, seguido de outro debate. O jornalista já atuou na CNT/Gazeta, na Veja São Paulo e nos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, e é autor das biografias ‘Belchior - Apenas um Rapaz Latino-Americano (Todavia, 2017)’ e ‘Raul Seixas - Não diga que a canção está perdida (Todavia, 2019)’.

Debates, oficinas e minicurso

Além da mostra de abertura, que não precisa de inscrição prévia, o evento terá debates, oficinas e minicursos. Dentre elas, uma atividade com a Mídia Ninja, rede colaborativa que nasceu em Cuiabá a partir de práticas do jornalismo cultural independente; uma parceria com a Laboratório de Comunicação e Cultura ‘A Lente’, com dicas para divulgação de projetos e produtos para artistas e empreendedores; e uma atividade voltada a rádios comunitárias e produtores de podcasts com o artista multimedia Eduardo Ferreira, que também é diretor da Rádio Assembleia. 

Para essas atividades, as inscrições acontecem entre 25 de fevereiro e 03 de março, aqui. O evento é voltado para jornalistas, estudantes, artistas e quem mais se interessar por comunicação e cultura.

O projeto

Maria Clara, jornalista, mestranda no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e proponente do projeto, conta que a ideia nasceu junto à sua pesquisa de mestrado, em que ela estuda o jornalismo cultural em Mato Grosso.

“É um projeto que parte muito da vontade de entender as experiências desses jornalistas que escrevem sobre cultura num Estado como o nosso, que é muito pautado economicamente e culturalmente pelo agronegócio”, explica.

Dentre suas inquietações acerca do tema estava o incômodo com a ideia de que o jornalismo cultural seria somente voltado às artes, e que a arte estaria distante das vivências da população. Atualmente, é notório o espaço reduzido – em alguns casos, inexistente - para a cobertura cultural.

“Acredito que o jornalismo cultural pode ser um instrumento de pertencimento, onde a população se reconheça. É um jornalismo que pode tratar de políticas públicas, empoderamento, patrimônio histórico, economia criativa e questões afetivas que atravessam as cidades. Ainda mais em Mato Grosso. Pensa o quanto é importante a gente falar de cultura popular, cultura dos povos indígenas e outros povos tradicionais do Estado, culturas urbanas e periféricas. Não é verdade que a arte é algo distante. Muito pelo contrário”, justifica Maria.

O projeto “Maratona Jornalismo Cultural – (In)Formar Público” foi contemplado pelo edital da MT Nascentes na categoria de “projetos de formação em backstage”, e é realizado pela Secretaria do Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) com recursos federais da Lei Aldir Blanc concedidos pelo Governo Federal via Secretaria Nacional da Cultura do Ministério do Turismo. 

Para Maria, o jornalismo é um “super elemento” do backstage cultural, tanto quando parte das redações ou das assessorias de imprensa. “É preciso que seja também, reconhecido como importante componente da cadeia produtiva da cultura”.

As atividades são voltadas principalmente para jornalistas, estudantes e artistas, mas está aberta a todos os interessados. Por ser realizada de forma online, inclusive, ela não se limita a participantes somente de Mato Grosso: todos, todas e todes são bem-vindos.

Segundo Maria Clara, a ideia é que a partir dessas atividades sejam criadas ainda mais conexões: “Conectar essas pessoas que querem pensar a cultura dentro do jornalismo, ou o jornalismo dentro da cultura, e, quem sabe, a partir dessas atividades, surgirem novos projetos conjuntos, criar essa rede de contatos e de trocas de experiências”, vislumbra.
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