Projeto que está sendo produzido pela artista Tânia Prado retratará vida e obra de Benedito Nunes, que morreu em 2 de março de 2021. Neste tributo ao artista que representa a “geração 80” do Ateliê Livre estão previstos um site oficial que reunirá acervos e também realização de uma oficina de arte.
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Ao longo da vida, obras de Benedito foram expostas em mostras coletivas e individuais, como nos Museus de Arte Moderna de São Paulo e Rio de Janeiro, além de ter sido premiado em edições do Salão Jovem Arte Mato-Grossense.
A artista visual Tânia Pardo, proponente do projeto, ressalta a importância de Nunes para a formação. “Por vários anos, Benedito Nunes ministrou oficinas na Casa Cuiabana e também circulou por muitos municípios, tendo incentivado assim, o surgimento de novos talentos”.
Benedito, desde os primórdios, se destacou pela linha realista. Além de enfocar momentos da vida urbana e periférica, também percorreu paisagens do Centro-Oeste, principalmente o Cerrado. O artista foi classificado, muitas vezes como impressionista, e até chamado de Van Gogh do Cerrado, era um artista contemporâneo que retratava a natureza e o cotidiano.
E então, registrava cenas do seu cotidiano como o burburinho no salão de beleza da irmã, na sala de sua casa, até os troncos retorcidos, formigueiros e detalhes do Cerrado reproduzidos em telas de grandes dimensões.
O projeto Tributo ao Mestre do Cerrado foi selecionado no edital Conexão Mestres da Cultura, realizado pelo Governo de Mato Grosso via Secretaria de Estado de Cultura, Esportes e Lazer (Secel-MT), em parceria com o Governo Federal, via Secretaria Nacional de Cultura do Ministério do Turismo.