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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Em curta-metragem, Gervane de Paula transita entre a ficção e a realidade ao procurar abrigo para nova obra

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Em curta-metragem, Gervane de Paula transita entre a ficção e a realidade ao procurar abrigo para nova obra
A produção acelerada e a transgressão de escalas das obras do artista visual Gervane de Paula são gatilhos ficcionais para o curta-metragem documental "Atitudes que se tornam formas", filme que começou a ser gravado na última semana, em Cuiabá. O projeto, contemplado pela Lei Aldir Blanc na capital mato-grossense, conta com direção de Thiago Bezerra Benites.

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O filme mostra a saga do artista procurando abrigo para uma obra que já não cabe mais em casa. Na via sacra pela cidade, a equipe acompanha o artista em visitas às casas de importantes colaboradores para sua trajetória, apostando em uma abordagem observacional ao acompanhar o artista e assim, revelar sua relação com seu entorno geográfico e afetivo.

A artista plástica Dalva de Barros, que é mentora de Gervane, é a primeira a ser procurada por ele, que busca um espaço que abrigue a nova criação. No elenco do filme, que resulta do hibridismo entre o ficcional e o real, estão ainda a crítica de arte, Aline Figueiredo e Márcio Aurélio Santos, parceiro de Gervane desde o início, no Ateliê Livre da Fundação Cultural de Mato Grosso, no fim dos anos 1970.

"Meu primeiro contato com a obra de Gervane, por exemplo, foi em um tempo em que diversas obras de importantes nomes das artes plásticas de Cuiabá estavam distribuídas pela cidade. As mangas de Gervane, no Hotel Taiamã, estavam totalmente incorporadas à paisagem urbana, assim como os ônibus que circulavam pela cidade com obras de artistas visuais. Era uma provocação estética constante e isso sempre me impactou", relembra Thiago.

Nessa toada da relação de Cuiabá com seus artistas populares é que a nova geração de artistas incentivada por Aline Figueiredo e Humberto Espíndola e que revelou outros grandes parceiros de Gervane, como Adir Sodré e João Sebastião, é celebrada.

"O nome do filme, por exemplo, vem de um texto de Aline, onde ela menciona uma exposição realizada pelo curador Harald Szeemann no fim dos anos 1960, na Kunsthalle de Berna. E daí, vem a interação com toda a contemporaneidade da poética de Gervane, um realista que oscila entre popular e o erudito, que extrai do brutalismo da diversidade de materiais toda sensibilidade crítica de seu repertório temático, sempre debochado e agressivo, seu pensamento seu processo é em si um ato de criação, e ele tem total consciência disso", conta Thiago.

O curta-metragem "Atitudes que se tornam formas" foi aprovado em edital da Lei Aldir Blanc em Cuiabá, executado pela Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo e com apoio do Conselho Municipal de Política Cultural. Além de João e Thiago, compõem a equipe, Guto Krebs (som), Rosano Mauro Jr (direção de fotografia) e Fernanda Gandes (produção executiva).
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