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Quarta-feira, 17 de abril de 2024

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Larissa Thaiza

Estudante da UFMT trilha caminho como influenciadora trazendo conteúdo mais próximo da realidade de cuiabanos

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Estudante da UFMT trilha caminho como influenciadora trazendo conteúdo mais próximo da realidade de cuiabanos
Há cerca de três anos, Larissa Thaiza tomou uma das decisões mais importantes de sua vida: trilhar um caminho como influenciadora digital em Cuiabá. A decisão partiu da observação de que há poucas mulheres negras deste meio na capital mato-grossense, então acreditou que poderia somar, apesar de ter receios se conseguiria ou não entregar um bom conteúdo aos seus futuros seguidores.

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Larissa é formanda em Comunicação Social, com especialização em Publicidade e Propaganda, pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), então a parte teórica, principalmente como comunicóloga, já tinha domínio, mas a questão prática a “assustou”. Com poucos seguidores e sem experiência em lidar com parceiros, ela se sentiu um pouco insegura, mas conseguiu conquistar público ao longo destes três anos.



Do primeiro ano para o terceiro, Larissa conseguiu sair do nicho. Inicialmente, falava muito sobre maquiagem, transição capilar e formas de cuidar do cabelo afro. Porém, com a chegada de outras blogueiras negras, acredita ser procurada atualmente para trabalhos graças a qualidade e diversidade de seu conteúdo.

“A partir do momento que passei a falar sobre outros assuntos que não fossem maquiagem e cabelo, esse nicho foi se desfazendo. Até mesmo recentemente, quando cortei o cabelo, foi uma ruptura maior de nicho. Tinham pessoas que me seguiam por conta do cabelo. Hoje, prestes a me formar, tenho muito mais conhecimento além de cabelo. [O corte] foi uma maneira de dizer para essas pessoas que eu conseguiria romper o nicho”.



A procura parte tanto de marcas para parcerias como influenciadores digitais da baixada cuiabana, que buscam dicas e formas de como se profissionalizar cada vez mais, principalmente quando se trata de lidar com empresas. “Hoje em dia, eu recebo blogueiras que vem falar comigo sobre precificação, sobre casos com parceiros”, conta em entrevista ao Olhar Conceito.

Larissa traz um conteúdo mais próximo da realidade dos cuiabanos, tanto que opta sempre por trazer serviços ou produtos oferecidos em valores mais acessíveis. A cuiabana sempre morou próximo ao centro da capital mato-grossense, então era comum passeios por lojas e, ao encontrar ótimos produtos sendo vendidos por preços justos, pensava que precisava mostrar para as pessoas de alguma forma. A mãe também a influenciou de certa forma.



“Eu tenho uma mãe que costura. Ela não é estilista, não faz roupa. Só que sempre que eu via algo e via o valor cobrado pensava: ‘isso não custa isso’. Eu sei como é feito, então eu conseguia ver muita singularidade em algo, às vezes, mais barato”, conta em entrevista ao Olhar Conceito.

A cuiabana pensa sempre em trazer um pouco da Larissa enquanto pessoa para o seu trabalho, às vezes com relatos bem pessoais. Esse lado meio pessoal fez com que ela se afastasse de assessorias e agências, que geralmente se preocupam em vender uma imagem mais próxima da perfeição, mas para Larissa, é justamente a mistura entre pessol e blogueira que torna o seu conteúdo atrativo e tem conquistado seguidores nos últimos três anos.



Prestes a se formar pela UFMT, Larissa gostaria de seguir trabalhando no meio de influenciadores digitais. A cuiabana acredita que há um mercado a ser explorado visto que muitas pessoas almejam essa carreira, mas não possuem qualquer base, principalmente teórica, de como começar.

“Antigamente, todo mundo queria ser modelo. As meninas tinham o sonho de ser modelo e as mães as levavam em agências. Hoje em dia, essas agências não só oferecem modelos, como também influenciadores, atrizes ou atores. As pessoas querem muito os ‘ouros’ de ser blogueira, mas muitas vezes não sabem como fazer. Eu não encontro pessoas que, pelo menos aqui em Cuiabá e Mato Grosso, que tenham um posicionamento de falar e ensinar. (...) Muitas vezes vêem só a parte da execução e não veem que precisa ter uma base de conhecimento por trás”.

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