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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Tumblr de grávida dá dicas para aproveitar roupas durante os nove meses

“Que grávida linda!” Que mulher não gostaria de ouvir isso durante a gestação? A jornalista Karla Prado, 41, decidiu que ia fazer disso uma meta. Ela sempre gostou de moda e de brincar com as peças do seu guarda-roupa. No início da gestação, ficou meio confusa com a barriga que, às vezes, parecia de grávida, e outras, de gorda. Até que um dia aceitou o desafio de mostrar para todo mundo e redescobriu o prazer de se arrumar todo dia. A brincadeira ajudou a manter sua autoestima durante toda a gravidez e inspirou a criação da página Hoje eu vim assim – gestante no Tumblr. Confira a entrevista com Karla (que já estava com quase 39 semanas quando falou com CRESCER) e alguns looks para se inspirar.

CRESCER: Como surgiu a ideia do projeto?
Karla Prado: Frequento um espaço para grávidas no Rio (Bella Gestante), onde fiz hidroginástica, drenagem, enfim. Eu percebia que, em comum, as grávidas tinham aquela preguiça de se vestir no início da gravidez. É difícil porque, no começo, as pessoas não sabem se você está gorda ou grávida. Aí um dia uma amiga do trabalho falou pra mim: “Você está uma grávida toda estilosa! Por que não posta as fotos dos seus looks?” E a verdade é que eu não usei roupa de grávida, eu pegava peças do meu closet e aproveitava. Então, comecei a fotografar e colocar no meu Instagram, só que a página era fechada. Acabou fazendo sucesso entre amigos e, depois, entre as outras grávidas. Uma amiga minha, a Marcia (Disitzer), que é editora de moda e madrinha do meu bebê, deu a ideia de fazer uma coisa aberta para incentivar outras grávidas. Fiquei preocupada de que seria uma coisa fútil, mas, por viver esse momento intensamente, achei que valia a pena incentivar as pessoas.

C.: E você não tinha preguiça de vez em quando?
K.P.: Quando criei o tumblr já estava no 5º ou 6º mês de gestação, com a barriga aparente. O maior desafio é vestir com a barriga. A Márcia também foi minha fotógrafa do tumblr e, mesmo quando o look não estava tão legal, a gente fotografava e postava. Nos dias em que estava com preguiça, cansada ou indisposta, pensava num tema pra facilitar. Um dia Chanel, um dia étnico, outro romântico... Às vezes, você enjoa das suas roupas, mas, quando pensava em um tema, soltava o lado lúdico, pegava um brinco que estava encostado, fazia variações, ia brincando comigo mesma.

C.: Você sempre se interessou por moda?
K.P.: Sim, sempre gostei de moda, sempre li sites, novidades sobre cultura de rua... Mas nunca trabalhei diretamente com isso. A ideia era usar as roupas que eu já tinha durante a gestação. Aqui, no Rio, não achei nada com muita qualidade em moda gestante. E era sempre a calça jeans com elanca para encaixar a barriga, bata e vestido envelope, as mesmas opções. Eu não gostei. Acho que, quanto mais normal a gente se sentir, melhor.

C.: A gravidez mudou você para melhor em algum aspecto?
K.P.: Eu parei de ser sedentária por causa da gravidez. Até por isso não inchei muito, nem engordei em excesso. Agora estou com quase 39 semanas e engordei 7 quilos. Sempre fui sedentária, mas, como já tenho 41 anos, fiquei preocupada de não estar saudável na gestação. Mudei porque não dava pra continuar naquele ritmo, acabei ficando mais ativa.

C.: Várias vezes no seu blog você fala de peças que garimpou pelo mundo. Você comprou já grávida ou em viagens anteriores?
K.P.: As peças internacionais são garimpadas de minhas viagens antes da gravidez. Sempre trabalhei muito, mas viajava nas férias e gosto de procurar coisas típicas do lugar. Misturar fast fashion, roupas de lojas normais, garimpar em brechó ou feirinhas. Fui à Grécia há uns dois anos, por exemplo, e em alguns looks usei meu vestido grego. As peças do México meus amigos trazem quando vão a trabalho.

C.: Mas você chegou a viajar para fazer o enxoval?
K.P.: Eu ia viajar para os Estados Unidos para fazer o enxoval com 4 meses de gestação, mas acabei não indo. Busquei muita coisa fora, sim, mas minha sogra e meus amigos viajaram e trouxeram para mim. Até que uma hora começaram a me perguntar da mala da maternidade, da manta para sair da maternidade e percebi que tudo o que tinham trazido não tinha nada de brasileiro. Era lindo, mas... Aí fui numa loja aqui no Rio e disse que queria uma mantinha bem brasileira. Comprei de crochê com fitinha, bem típica. Queria ter algo nosso. Pode até ser considerado meio breguinha, mas fiquei supersatisfeita, para sair com jeitinho nosso, o fru fru todo! Então, fiz uma mistura no enxoval, com coisas importadas e outras que comprei aqui.
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