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Quarta-feira, 17 de abril de 2024

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Obras do Salão Jovem Arte na Galeria Lava Pés criticam Bolsonaro, queimadas e provam reflexões; veja fotos

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Obras do Salão Jovem Arte na Galeria Lava Pés criticam Bolsonaro, queimadas e provam reflexões;  veja fotos
Após cinco anos em hiatus e uma pandemia que pegou o mundo de surpresa, o Salão Jovem Arte voltou com sua vigésima sexta edição na primeira semana de outubro, com a grande novidade de estar disposto em três espaços diferentes na capital mato-grossense: Galeria Lava Pés (anexada na Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso), Cine Teatro Cuiabá e Sesc Arsenal.

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“Tütaratsa”, de Domingas Apatso

A partir deste sábado (8), o Olhar Conceito te convida para conhecer um pouco da principal vitrine de artistas do estado, a começar pela Galeria Lava Pés, que reúne grande parte do acervo dos 63 artistas selecionados para a exposição, incluindo as duas obras adquiridas pela Secel-MT.

A Galeria Lava Pés possui obras dispostas nos três grandes corredores. Ao entrar pela esquerda, é possível encontrar algumas das obras e uma TV que exibe três videoartes. A primeira delas é “Pinjawuli - O Veneno Me Alcançou”, que usa da arte para fazer críticas ao uso de agrotóxicos em lavouras de Mato Grosso. “Pinjawuli” foi dirigido pelo Coletivo Ijã Mytyli de Cinema Manoki e Myki.

Sobre o Colo do Altíssimo 2, de Bosquê

Ainda no primeiro corredor, há a série de pinturas “Sobre O Colo do Altíssimo”, de Bosquê (Cáceres). A segunda tela garantiu o Prêmio Aquisição, no valor de R$ 8 mil, assim como “Tütaratsa”, de Domingas Apatso (Aldeia Vale do Sol, Brasnorte), disponibilizada no terceiro corredor. O Aquisição é o principal prêmio do Salão Jovem Arte.

Entre os destaques do segundo corredor, há três xilogravuras (imagem de capa da matéria) de Guidá Senatore (Cuiabá) que refletem os impactos da pandemia do novo coronavírus. Sob os títulos “Ele não era um número, era o nosso avô”, “Ele não era um número, era minha vida” e “Por falta de vacin-AÇÃO”, a artista faz críticas à falta de atuação do Governo Federal em meio a pandemia. Inclusive, a figura do presidente da República, Jair Bolsonaro, é representada em uma das obras.

“O Grito do Véu”, série “Onças da Cidade” de José Lisbran, à esquerda.

Já no terceiro e último corredor da Lava Pés, há a obra “O Grito do Véu”, série “Onças da Cidade” de José Lisbran, traz a região do Véu de Noiva em chamas. Há também o grafite “Ifodí e Titanic”, de Rogério Mendes (Cuiabá), que pode ser interpretada como uma crítica a economia brasileira, em que há os extremos de pessoas vivendo na rua, enquanto outras optam por empregos totalmente informais, em busca de não ter um “fim” similar.

Essa e outras obras podem ser encontradas na Galeria Lava Pés até 11 de dezembro de 2021. A exposição está disponível de terça-feira a sexta-feira, das 10h às 18h, e aos sábados, das 14h às 20h.

“Ifodí e Titanic”, de Rogério Mendes
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