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Após repercussão de jiboia Gigi, criadores de animais silvestres se reunem em Cuiabá: 'paixão por répteis'

10 Jun 2022 - 19:15

Da Redação - Michael Esquer / Da Reportagem Local - Rogério Florentino

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Após repercussão de jiboia Gigi, criadores de animais silvestres se reunem em Cuiabá: 'paixão por répteis'
O biólogo e consultor ambiental Felipe Dezzoti, de 42 anos de idade, realizou, nesta sexta-feira (10), um encontro de criadores de animais silvestres, no bairro Quilombo, em Cuiabá. Entre cobras, serpentes, saguis e outros bichos, o evento também contou com a presença da jiboia Gigi e ocorreu, justamente, por conta da repercussão do vídeo onde a ela foi flagrada passeando com o seu tutor em um shopping da Capital. 

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“Como várias pessoas solicitaram reportagens, ficou complicado aos repórteres se deslocarem de casa em casa [...] então a gente marcou todo mundo aqui porque é um ponto de encontro mais fácil onde todo mundo consegue se encontrar e falar com todo mundo. Mas não é costume”, conta o biólogo ao Olhar Conceito

Apaixonado por répteis, Dezzoti adquiriu o seu primeiro exemplar quando ainda tinha nove anos de idade. A partir dali, foram incontáveis os animais que o biólogo já criou. Na época, ele lembra que tudo teve início após o encontro inesperado com um banhista em uma na praia. Na ocasião, o homem tinha uma iguana. 

“Minha paixão é por répteis [...] foi paixão à primeira vista. Falei, ‘isso eu quero pra mim’. Conversei com ele, ele me explicou a loja em São Paulo que vendia, pois [eu] morava em São Paulo, conheci as lojas, as espécies e tudo que tinha na época. Comprei meus primeiros legais e, de lá pra cá, na vida inteira, nunca deixei de ter répteis”, relembra. 

Em sua casa, ele mostra um jiboia argentina que comprou de um criador no Paraná. Lá, ele conta, os criadores possuem pítons e outros tipos de espécies. “Ela tem aproximadamente 6 kg e três anos, aproximadamente 1,8 m ou 1,9 m. A espécie em si, registrada, fala que fica maior do que a Gigi”, relata.
 


A serpente mais velha do biólogo se chama Madonna, porém, o nome não é uma homenagem porque o réptil já o tinha na data da sua aquisição, mas ele decidiu manter. Com nove anos de idade, ela pertence a uma categoria chamada “jibóia arco íris”. O biólogo explica o porquê. 

“Ela é uma jiboia arco-íris do cerrado. Tem uma diferença de coloração com a jiboia caatinga. São muito parecidas mas são diferentes. Chama jiboia arco-íris porque se você ligar uma luz nas escamas dela, aparece algo como um arco-íris”. 

Atualmente, além da jiboia argentina e arco íris, Dezzoti também tem outras oito serpentes, totalizando, assim, dez. Além destes, ele também tem ratos, que usa para alimentar os répteis, gatos grilos e outros insetos. À reportagem, ele conta que os custos para se criar uma serpente são caros e podem variar de R$ 2,4 mil a até R$ 30 mil. 

“As últimas que vi estavam em torno de R$ 5,5 mil. As mais baratas saem em torno de R$ 2,4. Depende da espécie e do valor. Quanto mais difícil a espécie ou menor a quantidade de mercado, mais elevado o preço. Tem jiboias de 25 mil, 30 mil. Dependendo da idade da cobra, o valor aumenta”, explicou. 

Questionado sobre a criação de animais silvestres como animais domésticos, ele explica que essa é a única forma de sobrevivência desses animais, uma vez que possuem origem em criadouros em cativeiro. Ou seja, não foram retirados da natureza.  

“Esse animal já nasce em cativeiro, cria-se em cativeiro e sai de cativeiro. Então é considerado um animal de estimação, um pet. Ele é enquadrado como. Isso é um pet desde que nasceu. Não é um animal silvestre ou selvagem. É um animal pet, de estimação”, finalizou 
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