Acervo composto por mobília, louças, prataria e outros objetos decorativos do antigo Palácio Alencastro contam a história da política mato-grossense no Museu Residência dos Governadores, no Centro de Cuiabá. O imóvel, que é aberto para visitação gratuita, serviu de moradia aos chefes do Poder Executivo Estadual nas décadas de 40 a 80.
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O Museu Residência dos Governadores está aberto para visitação gratuita de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 17h30. A arquitetura da primeira casa construída com piscina e fogão a gás em Cuiabá, em 1939, também possui valor histórico.
De acordo com o superintendente de Preservação do Patrimônio Histórico e Museológico da Secel, arquiteto Robinson de Carvalho Araújo, o imóvel também trouxe uma nova configuração no ordenamento dos lotes na cidade.
“Atendendo a pedido de Maria Muller, a casa foi construída com recuo para o jardim ficar na frente e não nos fundos. Antes da década de 40, as casas em Cuiabá eram construídas encostadas uma na outra, à época o recuo nem era obrigatório. Outra inovação foi a tecnologia usada em sua construção, com lajes de concreto", conta.
A maioria dos itens que estão no museu foi adquirido ainda na década de 1940 por Maria Ponce de Arruda Muller, esposa do interventor Júlio Muller, que governou o Estado de 1937 a 1945.
Edificação histórica
A Residência dos Governadores foi inaugurada em 1940, no Governo do Interventor Júlio Muller, e tombada como Patrimônio Histórico e Artístico Estadual em 1983.
Durante 45 anos, a residência abrigou 14 governadores de Mato Grosso e seus familiares, sendo desativada como residência oficial em 1986. Além disso, serviu de hospedagem para o ex-presidente Getúlio Vargas, em 1941, quando ele fez sua primeira visita a Mato Grosso.
Elaborado pelo arquiteto Humberto Kaulino, o projeto segue o estilo neocolonial de matriz hispano-americana, baseada na arquitetura das missões franciscanas da Califórnia, nos Estados Unidos, no período em que a região era colônia do império espanhol. Também chamado de Missões, o estilo era usado no Rio de Janeiro na década de 30.
No ano de 1987, a Residência abrigou a Secretaria de Estado de Cultura, e em seguida, até 2003, o Conselho Estadual de Cultura de Mato Grosso. Em 2004, foi a sede da Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso (MT Fomento). E de 2014 a 2017, no espaço foi instalado o Museu de Arte de Mato Grosso.
Com finalidade museológica, a Residência dos Governadores foi reaberta em novembro de 2018.