Considerado um dos defensores dos direitos humanos no Brasil, o almirante João Candido é o personagem que representa o tema “Museus, Memória e Cultura Afro-brasileira” da 7º Primavera dos Museus. O evento segue até sexta-feira (27), o museu do morro da Caixa D’água Velha. 

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A história de João Candido é contada no segundo ambiente do museu, no qual uma série de painéis expõem a luta do marinheiro pelos direitos humanos. Negro, ele foi um dos líderes da revolta da Chibata, um levante que parou o Rio de Janeiro em 1910. Ele enfrentou a mira dos canhões dos mais modernos navios de guerra da época.

Dentre as reivindicações do grupo estavam pedidos ainda recorrentes em manifestações grevistas atuais. Melhorias no soldo, alimentação digna e o fim do uso das chibatas nas embarcações compunham a lista de solicitações.

Além de João Cândido, a cultura afro-brasileira são expressadas através de danças e manifestações religiosas como a dança dos mascarados, de Poconé, e a festa do Congo, ‘a festança’, de Vila Bela da Santíssima Trindade.

A exposição

Dentro do ambiente rústico da Caixa D’ Água, painéis, palestras, exibições de vídeos são algumas das atividades realizadas durante a primavera dos museus deste ano. Desde 2007, o evento carrega o nome da atual estação, primavera, e é quando o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) lança um tema e convida os museus brasileiros a desenvolverem programações especiais para serem realizadas.

Este ano o Museu da Caixa D’Água está entre os selecionados este ano. Segundo o instituto, “os museus que participam da ação têm conseguido alcançar importantes resultados, como o aumento da visitação, maior envolvimento da comunidade, fortalecimento da imagem do museu e o aumento de sua visibilidade”.