O contrato de concessão dos serviços públicos de apoio à visitação, revitalização e manutenção do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães foi assinado na quarta-feira (22), pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Uma das principais mudanças práticas será a cobrança de ingresso que começará no valor de R$ 30 e pode chegar a R$ 100, a partir do quinto ano de concessão, como explica o analista ambiental e chefe da administração do parque, Fernando Francisco Xavier.
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Moradores de Cuiabá, Chapada dos Guimarães e Várzea Grande vão ter desconto de 25% do preço do ingresso, para garantir que a região continue usufruindo do que o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães oferece.
De acordo com o chefe da administração, a concessionária também é livre para oferecer descontos e promoções nos valores de ingresso. Ao Olhar Conceito, ele explica que o valor pago pela entrada é uma das formas de renda da concessionária Parques Fip e atende a uma política institucional de valorização das comunidades locais.
Crianças com menos de seis anos, guias e condutores turísticos, estudantes e pesquisadores em atividade também não pagarão entrada.
“O Instituto Chico Mendes tem uma política de cobrança gradual do valor do ingresso, a empresa concessionária não pode definir por conta própria. A cobrança começa com valor de R$ 30 e poderá chegar a R$ 100, a partir apenas do quinto ano de concessão, mas lembrando sempre que os moradores locais tem sempre desconto de 25%, esse valor cheio é pensando em uma política de recepção de turistas internacionais e nacionais que estão na região”.
Obras previstas no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães
Ainda segundo Fernando, a concessionária é responsável por fazer o controle da entrada dos visitantes, orientar, promover a sinalização da unidade de conservação, manter a gestão dos estacionamentos e dos serviços de receptivo turístico, além disso, a Parques Fip também deve instituir os serviços de transporte e alimentação no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães.
Com relação às obras, o contrato, explica o chefe da administração do ICMBio, prevê que a concessionária construa um novo centro de visitantes, uma nova sede administrativa para o órgão de fiscalização, espaços de comercialização de alimentos, estacionamentos e estruturas de seguranças nos pontos turísticos.
“Como decks de observação e parapeitos, tudo isso para oferecer melhores condições de acesso aos visitantes aos principais pontos turísticos de Mato Grosso. O Parque Nacional é um grande motor das atividades turísticas em Mato Grosso, então as obras estão voltadas para isso. O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães tem funcionamento contínuo, atendemos de segunda a segunda, nunca fechamos”.
“Entre os horários dos atrativos principais estão a cachoeira do Véu de Noiva, o Circuito das Cachoeiras e o Cachoeirinha, a partir das 8h30. Para outros atrativos, nos quais o acompanhamento do condutor ou do guia de turismo é obrigatório, o parque abre um pouco mais cedo, isso depende de um agendamento prévio e o acesso pode ser feito a partir das 6h”.
Parque Nacional não foi privatizado
O analista ambiental ressalta que o processo de concessão do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães não significa a privatização do local, que continua sendo patrimônio público brasileiro e será gerido pelo ICMBio. A concessão está restrita aos serviços de visitação e, de acordo com Fernando, busca atingir um padrão internacional.
“Essa empresa vai assumir esses serviços e o Instituto Chico Mendes continua administrando o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, fazendo as ações de fiscalização, de combate a incêndios florestais, o manejo integrado do fogo propriamente, que é o serviço desempenhado por nós, fazendo as análises de impactos ambientais, ou seja, continua fazendo a gestão da unidade de conservação, inclusive, com uma nova atribuição, que é a fiscalização deste contrato de concessão”.
Só no ano passado, quase 150 mil turistas visitaram o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. Em 2019, as visitas alcançaram a marca de 183 mil pessoas, número expressivo e significativo, destaca o chefe da administração do parque.
“O Parque gera renda e emprego para Mato Grosso. São mais de 100 condutores e guias de turismo que estão cadastrados e atuam aqui na unidade, promovendo empregos diretos, gerando renda para o Município. Pessoas que estão circulando, consumindo serviços e produtos, mas antes de tudo usufruindo desse patrimônio que é de todos os brasileiros”.