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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Cuiabana cria roteiro de ficção científica e impressiona professores da UFMT

Foto: Arquivo Pessoal

Cuiabana cria roteiro de ficção científica e impressiona professores da UFMT
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) tem muitas coisas acontecendo dentro de suas salas. Todos os dias, alunos andam pelo campus com a mente fervilhando de ideias e, hora ou outra, estas ideias viram trabalhos, monografias, projetos experimentais, livros, documentários, dentre uma infinidade de coisas. Por ser um ambiente acadêmico, esperamos majoritariamente projetos científicos. Mas na turma de Rádio e TV que formou-se em setembro deste ano, algo diferente surgiu.

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Em Cuiabá, a tradição é forte e por vezes “desabrocha” na universidade. Trabalhos sobre o cururu e siriri, a viola de cocho, a Maria Izabel e ícones cuiabanos são frequentes. Mas a acadêmica Joana Castro, 24 anos, queria trazer outros aspectos para sua monografia. Ela não queria apenas pesquisar: Queria, mais que isto, criar algo. E, com mais de oitenta páginas, entregou para a banca examinadora no dia da apresentação do seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) o piloto de uma série de ficção científica, tanto em português, quanto em inglês.

“A gente pensa que está aqui para ensinar, mas aprendemos com você”, foi uma das coisas que a banca examinadora disse à Joana. O trabalho, que tirou nota 10, foi feito meticulosamente: Primeiro, o material trazia um apanhado teórico sobre a ficção científica e a teoria da singularidade neste gênero. Anexo a isto estava o piloto do roteiro bilingue. E, ainda, um perfil cuidadoso de cada personagem, com o estilo de cada um, o que eles vestiam e os traços físicos imaginados pela autora.


(A designer de moda Bianca Poppi fez os desenhos com o estilo de cada personagem e Joana completou com a paleta de cores e características físicas que imaginou)

A ideia de entregar um piloto de uma série desenvolveu-se ao longo do curso de Rádio e TV. Nas aulas, Joana experimentou várias áreas, identificando-se bastante com os roteiros. Gostou tanto que chegou a fazer um curso de roteiro cinematográfico no Sesc Arsenal. Sua orientadora, Aline Wendpap, também foi uma grande incentivadora de seu trabalho. “Se ela não tivesse puxado a orelha, acompanhado, orientado, este projeto talvez nem tivesse saído”, disse Joana.

Outro desafio foi aprender a linguagem dos roteiros. “Não é uma coisa poética, que você se delonga em descrições. É mais seco, direto, rápido. Sem ter estudado e primeiro aprendido esta linguagem, não seria possível escrever nada dessa história” explicou a estudante. Mas o desafio principal e, talvez o mais trabalhoso, foi desenvolver a história.

Com um cartaz colado na parede de seu quarto, Joana fez uma linha do tempo da história. Com um pouco de tempo, foi desenvolvendo a trama, seus “porquês”, seus personagens, os conflitos internos e externos e tudo o que faz parte do roteiro. Depois disto, era mãos a obra: Na reta final, Joana chegou a escrever até oito horas por dia para entregar seu trabalho completo.


(Joana, sua orientadora Aline Wendpap e a banca examinadora, composta pelos professores Pedro Pinto e Alessandro Falviano)

Para aqueles que estão perguntando-se sobre o que se trata o roteiro, eis um breve resumo: A história começa no ano de 2066. Os personagens principais são dois agentes especiais que tem como missão prender Teodora, a inventora dos robôs “Tronix”. Sem serem exatamente ‘maus’, os robôs, no entanto, criam uma situação de convivência difícil com os humanos. Por isto o Conselho (o Governo da história) montou uma força tarefa para desligá-los.

Embora tenha entregue como produto de sua pesquisa o piloto (primeiro episódio) da série, Joana tem em sua mente a continuação da história. De acordo com ela, a série seria dividida em sete temporadas, cada uma com um conflito diferente, mas unidas pelos personagens e pela trama. A acadêmica ainda espera poder concluir seu trabalho no Master of Fine Arts (Mestrado), nos Estados Unidos.

Para aqueles que gostariam de saber mais sobre este trabalho, Joana foi convidada para apresentá-lo novamente na Semana do Calouro. A apresentação será no auditório do Instituto de Linguagens da UFMT (segundo piso), na quarta-feira (17), às 9h.
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