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Quarta-feira, 17 de abril de 2024

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Festival Cultura Inglesa retoma atrações internacionais

O Festival Cultura Inglesa abre sua programação de teatro e dança com uma reforçada presença internacional. Nesta 17ª edição, o evento retoma uma antiga prática e volta a trazer espetáculos britânicos. "Há oito anos não trazíamos obras estrangeiras. Tínhamos focado em artistas brasileiros. Mas havia uma demanda do público por criações em língua inglesa", explica Laerte Mello, gerente cultural da instituição.

Do Fringe de Edimburgo, o maior festival de artes cênicas do mundo, Mello selecionou quatro espetáculos de teatro e um de dança para compor a grade. Ainda que lidem com temas e técnicas diversas, todas as criações levaram em conta um aspecto: seu apelo junto ao público jovem.

É o caso de "Bane", peça inédita no País, que poderá ser vista entre os dias 25 e 29, em diferentes locais. A montagem do ator Joe Bone não foi pensada para uma faixa etária determinada, mas certamente terá apelo entre os adolescentes. Aqui, o intérprete se desdobra em dezenas de personagens e conta a história de um gângster de forma cômica.

Outra obra que deve agradar os mais novos é "The Static", com sessões entre os dias 15 e 18. A trama, que se passa em uma escola, usa recursos de tecnologia multimídia para contar a transformação de um garoto de 15 anos. Considerado um fracasso, ele ganha super poderes depois de se apaixonar por uma menina. "É um espetáculo muito visual, que usa projeções e uma apurada técnica de teatro físico", considera o curador.

Efeitos tecnológicos também dão o tom a "Watch It", uma crítica ao excesso de tempo passado diante da TV, que será encenada nos dias 21, 22 e 25. Já no espetáculo de dança "Within The Dust", o foco recai exclusivamente sobre os corpos dos intérpretes. Foi inspirado pelas fotografias de Richard Drew - que mostram um homem caindo das Torres Gêmeas durante o 11 de Setembro - que o coreógrafo Thomas Small criou a obra.

Seleção brasileira - Os brasileiros ganharam companhia estrangeira, mas não saíram de cena. Em 2013, serão três as montagens nacionais, selecionadas por um time de curadores formado pelo dramaturgo Samir Yazbek, a pesquisadora Soledad Yunge e o jornalista Ubiratan Brasil. As obras partem de textos de autores consagrados, mas pouco conhecidos no Brasil. À exceção do irlandês Samuel Beckett, que já mereceu várias leituras entre nós, os ingleses Steven Berkoff e Howard Brenton ainda soam como novidade por aqui. Um dos destaques deve ser justamente "Perfeitos, Perversos e Educados", texto de Breton que reúne um premiado elenco formado por Grace Passô, Marcos Damigo e Rodrigo Bolzan.
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