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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Unindo o 'errado' ao 'ridículo', “Kingsman: serviço secreto” resulta em uma comédia, ação e pastelão difícil de não gostar

Foto: Divulgação

Cena do filme

Cena do filme

“Eu acho este é o único motivo para assistir um filme”, disse Matthew Vaughn, diretor de “Kingsman: serviço secreto”, quando perguntado o quão importante é o fator “entretenimento” em um filme. E quem foi aos cinemas assistir a espionagem que une comédia pastelão à enredos apocalípticos teve exatamente isto: diversão. E a palavra espalhou-se, pois até o começo deste mês, o filme já arrecadou mais de 209 bilhões de dólares. No Cinemark, o longa só ficou atrás de “Cinquenta tons de cinza” no quesito audiência.

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O roteiro de “Kingsman” foi escrito pelo próprio Vaghn, que, entre outros trabalhos, dirigiu o filme “X-men: first class”. Ele também estava contratado para dirigir a sequência da franquia, o “X-men: Days of future past”, mas desistiu do projeto para filmar “Kingsman”. O roteiro foi escrito com base na série de quadrinhos de mesmo nome, criada por Dave Gibbons e Mark Millar.



A história começa com membros do serviço secreto “Kingsman” em uma missão. Com um pequeno erro, o personagem Harry Hart, interpretado por Colin Firth, põe tudo a perder. O erro é concertado quando um de seus companheiros de trabalho dá a própria vida para salvar a dos colegas. Com a morte deste espião, um criança chamada Eggsy fica orfão de pai e é criado pela mãe viúva.

Anos depois, Eggsy, já na adolescência, morando com o padrasto violento e abusivo, começa a ter problemas de conduta. Em uma das suas “escapadas”, Eggsy é preso e, para pedir ajuda, liga para o número que Harry Hart lhe deu anos antes. Enquanto isto, Harry tem como próxima tarefa apresentar um candidato para preencher a vaga Lancelot, ocupada anteriormente pelo pai de Eggsy. E com esta ligação, Eggsy passa a disputar com outros jovens uma posição como espião no serviço secreto “Kingsman”.



Até aí, o filme não apresenta nada que saia do “lugar comum” dos blockbusters. E então Samuel L. Jackson aparece em roupas extravagantes como cientista cheio de tiques que quer salvar a espécie humana da própria destruição. Rico, bem sucedido e com a bênção de líderes mundiais (até mesmo Obama), este cientista começa a colocar seu plano em ação. E é neste meio tempo que a organização “Kingsman” e os planos do personagem de Samuel L. Jackson entram em conflito.

O filme é tão cheio de sub-enredos que é difícil descrever todos. A seriedade perde-se em elementos que parecem fazer escárnio do “lugar comum” de vários gêneros, seja ele os filmes de espiões, comédias e romances. A trilha sonora dá a impressão de ter sido escolhida justamente para potencializar este efeito do “ridículo”, que parece funcionar como uma pílula de comédia.



Com o elenco unindo atores consagrados como Colin Firth, Samuel L. Jackson e Michael Caine, e novos talentos, como Taron Egerton (o Eggsy), “Kingsman: serviço secreto” é um filme que muitos sentirão certa culpa em gostar. Une tudo o que “está errado” com o entretenimento de uma forma satírica e despreocupada com o politicamente correto. E o resultado final, de alguma forma, parece funcionar.

Em Cuiabá, o filme está em cartaz nos três cinemas (no Shopping Goiabeiras, Pantanal e Três Américas).
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