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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Professor da USP lança em Cuiabá livro ‘Das coisas que Aprendi’ com forte temática indigenista

Foto: Antônio Carlos Ferreira Banavita / Divulgação

Professor da USP lança em Cuiabá livro ‘Das coisas que Aprendi’ com forte temática indigenista
Considerado um dos mais respeitados do país, o professor e escritor Daniel Munduruku lança o livro ‘Das coisas que Aprendi’, em noite de autógrafos nesta quarta-feira (29), a partir das 19 horas, no salão nobre do Museu Histórico de Mato Grosso – Praça da República, centro de Cuiabá.

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O livro é ilustrado com fotos do publicitário e jornalista mato-grossense Antônio Carlos Ferreira ‘Banavita’. Por isso, no lançamento, haverá uma exposição de fotos de Banavita, no Museu Histórico, durante o evento.

Professor da Universidade de São Paulo (USP), Daniel Munduruku explica que o importante na vida é ter um “espírito livre”, pré-requisito para compreender sua obra. “Considero este livro um marco em sua biografia, pois nele encontram-se o contador de histórias, o intelectual, o educador, o filósofo e o pensador Munduruku, numa grande cerimônia de casamento coletivo de alguma aldeia metafísica”, cita Raphael Crespo, para a reportagem do Olhar Conceito.

Na obra, ele lança um olhar sobre o “mundo das coisas” a partir da sua origem na antiga aldeia Maracanã, hoje um município brasileiro como outro qualquer, existente apenas em suas memórias e de seus parentes. Mundukuru constrói um pensamento desapegado do modelo atávico previamente planejado por outrem, que alça voo recriando milhares de aldeias nas cabeças de seus leitores mundo afora.

“Acredito que este livro representa para a literatura brasileira a construção de uma Filosofia Indígena, o Mundurukando de Daniel, alicerce fundamental do seu mito pessoal”, pontuou Cresco.

“Das coisas que aprendi” desafia o leitor a ser o herói conquistador do seu próprio mito fundador, porém mais do que isso, nos convida à uma viagem fantástica pela alma humana.

Daniel Mandukuru atendeu ao chamado que reparte com todos através do seu estilo paciente e sábio – quem não o conhece vai pensar que é um idoso falando, escrevendo – encharcado de cuidado e criatividade.

Todavia, isso é um segredo que o rio deve ter lhe ensinado. E como o rio, sua escrita tem momentos caudalosos, barulhentos, velozes e outros. Momentos que acompanham profundo silêncio, paz e não raras vezes o ensaio de um sorriso no canto da boca. A sensação ao ler Daniel é a de receber um convite, não apenas para a leitura simplesmente, mas para realizar o sonho de Deus.


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