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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Filme sobre Amy Winehouse comove e Gus Van Sant é vaiado em Cannes

Foto: (Foto: Divulgação)

Pôster do filme 'Amy'

Pôster do filme 'Amy'

O documentário 'Amy', sobre a diva do soul britânica Amy Winehouse, comoveu o público durante sua exibição no 68º Festival de Cinema de Cannes, neste sábado (16). Apresentado fora da competição, o filme, com testemunhos inéditos, mostra a trágica vida da cantora, morta no auge de sua carreira, aos 27 anos.

"Se pudesse dar tudo em troca de poder caminhar tranquila pelas ruas, eu faria isso", confessou Amy por telefone a uma amiga de infância, na véspera de sua morte em 2011, por abuso de álcool.

O diretor britânico Asif Kapadia levou dois anos para convencer a família de Amy a falar com ele diante das câmeras.
Kapadia já havia sido premiado com o Bafta de melhor documentário por um primeiro filme sobre outra lenda, o piloto de F1 Ayrton Senna ("Senna", 2010). O Bafta é considerado o Oscar do cinema britânico. As letras das músicas de Amy são o fio condutor do filme, que revela imagens inéditas, sobretudo, gravações da própria família.

Gus Van Sant é vaiado

"Sea of trees", o último filme do cineasta norte-americano Gus Van Sant, com Matthew McConaughey e Naomi Watts, foi mal recebido pela crítica em Cannes, onde disputa a Palma de Ouro.

Bastante esperado, o filme do diretor de "Elefante" (Palma de Ouro, Cannes, 2003) conta a história de dois homens que decidem se suicidar no bosque Aokigahara, aos pés do Monte Fuji, no Japão.

O americano Arthur Brennan (Matthew McConaughey) está prestes a pôr fim à própria vida nesse bosque conhecido por ser um lugar de suicídios, quando cruza com um homem ferido (Ken Watanabe) e decide ajudá-lo.

Os dois acabam concordando em sair da floresta, enquanto uma série de "flashbacks" remete o espectador à vida de Arthur Brennan e sua mulher, Naomi Watts, mostrando a origem de sua dor.

Essa história de sobrevivência e reconstrução se articula em torno do périplo desses dois homens na mata, um lugar preenchido com espiritualidade e com o diálogo entre ambos – o que, talvez, permita-lhes se reconciliarem com eles mesmos.

Apesar da expectativa, o 16º longa de Gus Van Sant, de 62 anos, não convenceu.

A "Variety" classifica o filme como "interminável" e se pergunta em virtude de "que impenetrável mistério" esse longa "abortado" conseguiu "chegar à competição oficial de Cannes".

Segundo o jornal britânico "The Guardian", "Sea of trees" é "um melodrama patético", em que Gus Van Sant "cai no sentimentalismo" e "uma direção ao mesmo tempo comercial e melosa".

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