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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Curta-metragem inédito mostra aviadora desaparecida Amelia Earhart

Foto: (Foto: Arquivo / AP Photo)

Amelia Earhart da Electra, em 10 de março de 1937, antes de decolar de Los Angeles.

Amelia Earhart da Electra, em 10 de março de 1937, antes de decolar de Los Angeles.

Amelia Earhart partiu de Burbank, na Califórnia, em 1937, rumo a uma volta ao mundo de avião que não chegaria a concluir. Um fotógrafo imortalizou a decolagem, mas ninguém sabia até agora da existência de um curta-metragem filmado no dia anterior.

Granulado, mas muito bem preservado, este filme em preto e branco tem duração de três minutos e meio. Revelada ao público neste mês, a fita mostra a aviadora sorridente e confiante, subindo em seu avião na véspera de sua partida rumo ao leste. Seis semanas depois, ela desapareceu misteriosamente no Pacífico.

O filme não oferece pistas que poderiam ajudar a resolver um dos maiores enigmas da aviação: quando Amelia Earhart, 39 anos, e seu co-piloto, Fred Noonan, 44, desapareceram sem deixar rastros entre Papua-Nova Guiné e a ilha de Howland em 2 de julho de 1937. Mas traz novas imagens da piloto que povoa o imaginário de historiadores e aviadores há oito décadas.

O filme foi gravado por John Bresnik, que muitas vezes acompanhava o irmão Albert Bresnik, fotógrafo oficial de Amelia Earhart, no local onde estava o Lockheed 10 Electra da aviadora.

A agência Paragon divulgou o filme chamado "Amelia Earhart's Last Photo Shoot" ("Última sessão de fotos de Amelia Earhart", ndlr) junto a um livro homônimo.

O historiador Douglas Westfall, da Paragon, conta que o filho de John Bresnik entrou em contato com ele há dez anos para dizer que estava com esta relíquia, conservada pelo pai durante décadas.

Quando o pai faleceu, o filho guardou a fita por 20 anos, até que Westfall o convenceu a fazer uma cópia digital.

"É único", disse Westfall à AFP sobre o filme que mostra uma Earhart "charmosa diante das câmeras", usando um elegante conjunto de calça e suéter.

"Era um mundo de homens na década de 30", disse o historiador, ao explicar o fascínio dos americanos por esta mulher piloto que quebrou todos os recordes, incluindo o primeiro voo sem escalas para o Havaí a partir do continente americano.

Sinal da fascinação que a aviadora ainda gera, esta semana começou a décima primeira expedição de busca no Pacífico Sul, no arquipélago de Kiribati, onde acredita-se que sua aeronave tenha deixado de funcionar.
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