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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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'Cidades de Papel' é boa trama teen, apesar de Cara Delevingne;

Se até o John Green falou, quem sou eu para discordar. "Cidades do Papel" (o filme) é, DE CERTA FORMA, melhor do que "Cidades de Papel" (o livro).

O segundo romance do autor americano a ser adaptado para o cinema estreia nesta quinta-feira (9) no Brasil. Para os que gostam de comparação, cabe avisar: é bem diferente de "A culpa é das estrelas". E bem melhor também.

Uma parte do crédito fica com o protagonista Nat Wolff. Lá pelos 15 minutos de sessão, você já se sente amigo do cara.

Ou melhor, de Quentin, garoto nerd e gente fina com uma paixão platônica pela amiga de infância Margo Roth Spiegelman.

Cara, cadê minha atriz?

E aí que mora o problema. Para o jovem Q e para você, espectador mais exigente. Cara Delevingne ainda está mais para modelo do que para atriz.

Ela não tem sequer 10% do magnetismo que Margo deveria ter. A londrina de 22 anos confunde pose com desdém. Tem hora até que parece esquecer que o personagem é de Orlando, não de Londres. Ao menos, a presença dela não é tão importante para a história.

Vamos a ela: a amizade de Margo e Q esfria, até o dia em que ela chama o garoto para um plano de vingança. Juntos, eles têm uma madrugada incrível.

Na manhã seguinte, ela some. O garoto e seus amigos partem então em uma caçada à misteriosa garota. Cultura pop, road movie, mimimi de adolescente classe média, ritos de passagem, qual o sentido da vida... Tudo funciona até que bem.

Para quem não é fã dos livros do John Green...
Se você não curte os livros para "jovens adultos", ainda assim pode achar graça em "Cidades de papel". Muito por conta dos roteiristas, responsáveis pelos enredos de "(500) dias com ela" e "O maravilhoso agora".

Scott Neustadter e Michael H. Weber provam ter ótima mão para comédias dramáticas românticas adolescentes no estilo "par românticos de tribos diferentes". A sinopse "um(a) nerd se envolve com alguém mais cool e se ferra com isso" descreve as três histórias.

Para quem é fã dos livros do John Green...
A diferença entre filme e livro vai além daquelas óbvias "gordurinhas" queimadas para que o roteiro flua melhor. O romance de Radar e Angela é mais explorado. Lacey e Margo têm uma rivalidade bem mais sutil. Ah, o final também não é o mesmo. Mas falar mais já seria spoiler.
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