O Museu de Arte de Mato Grosso (MAMT) e o Museu de Arte Sacra de Mato Grosso (MASMT) oferecem, agora, dois catálogos que narram a trajetória religiosa de Mato Grosso, trazem o acervo plástico da Secretaria de Estado de Cultura (SEC) e a história dos dois museus.
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A proposta de elaboração dos catálogos foi feita pela gestora dos museus, a Associação Casa de Guimarães. O objetivo é orientar visitantes e turistas e, ainda, disseminar a cultura do Estado. De acordo com a diretora executiva da Casa, Érika Abdala, os profissionais da entidade pesquisaram, fizeram a curadoria e tiraram as fotos para os livretos. No total, são 40 páginas de história dos dois museus, e as obras foram catalogadas com apoio das Secretarias de Estado de Cultura (SEC) e de Comunicação (Secom).
“Temos coleções no Museu de Arte Sacra, por exemplo, que datam do século XVII. São obras relevantes que contam a história do nosso Estado e que precisam ser apreciadas, conhecidas pelos mato-grossenses e pelos turistas. Por isso, além da apresentação dos guias durante as visitas, é possível aprofundar o conhecimento sobre as obras e os museus, enquanto estruturas arquitetônicas. Esta oportunidade de levar um pouco do acervo dos museus para casa permite que cada um faça uma viagem ao tempo, rica culturalmente e historicamente. O secretário de Cultura reconheceu a importância deste projeto e permitiu que ele se tornasse palpável”, destaca Érika.
O Secretário de Estado de Cultura, Fabiano Prates, explica que a iniciativa da Casa de Guimarães é uma conquista para os mato-grossenses: ''Os catálogos são de grande valia, pois beneficiam diretamente os visitantes do museu que, além de conhecerem a atual exposição, podem levar para casa histórias sobre os prédios que abrigam importantes obras, bem como os acervos permanentes. Isso permite que o conhecimento e a cultura cheguem à casa da sociedade mato-grossense com mais facilidade'', ressalta o secretário.
Museu de Arte de Mato Grosso
Com foco na exposição e preservação da produção mato-grossense desde o século XIX até a atualidade, o acervo do museu é composto por obras de autores regionais e nacionais, e fica na antiga Residência dos Governadores.
Obras de artistas de quatro gerações das artes plásticas do Estado estão ali, como Ignêz Corrêa da Costa, primeira mulher mato-grossense a ganhar visibilidade no Circuito de Artes em perspectiva Nacional, Adir Sodré, Sebastião Silva e Tarsila do Amaral.
O acervo, selecionado em fevereiro de 2009, levou em conta cinco características: a qualidade intrínseca das obras; a importância histórica; a localização no percurso do artista; a abrangência temporal e o registro que se decidiu efetuar das inúmeras iniciativas (salões e projetos culturais) que marcam a história das artes visuais no Estado, traduzidas em obras significativas desses eventos.
Museu de Arte Sacra de Mato Grosso
Fundado em 1980, o museu fica dentro do Seminário da Conceição com a missão de preservar, conservar, divulgar e transmitir a memória religiosa de Mato Grosso. Sua arquitetura tem elementos clássicos, medievais, barrocos e neoclássicos.
Seu acervo conta com peças do período Setencista, vindos da antiga Catedral do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, São Bendito, da Igreja Senhor dos Passos, além do acervo pessoal do arcebispo Dom Aquino Corrêa e doações pessoais.
O museu reúne o maior conjunto de arte barroca, rococó e neoclássica do estado. Em seu acervo estão pratarias, imagens, paramentos, retábulos e indumentárias provenientes dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX. Além disso, vestuário, fotografias, produções literários, cartas, livros, missais blocos de anotações e pertences pessoais de Dom Aquino Corrêa. Quatro retábulos que também fazem parte do acervo foram tombados, por lei federal, através de decreto do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN).