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Notícias / Gastronomia

Feiras do Movimento Slow Food valorizam produtos da terra e têm de brigadeiro de pequi a cachorrada

Da Redação - Isabela Mercuri

Um ‘mercado da terra’, com produtos que resgatam a tradição local e que são bons, limpos e justos é o que encontra quem passa pela Rua Estevão de Mendonça, em frente à Mundo Verde, às segundas, das 16h às 19h, e também aos sábados, das 8h às 12h, na Paneteria Tabacchi, no Jardim Petrópolis.

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Estes são os atuais endereços dos encontros da Slow Food Cuiabá, associação criada há cerca de três anos com a vinda do italiano Stephano Pollaccia, mestre queijeiro. No mundo, no entanto, o movimento já existe desde 1986 e se tornou uma associação internacional sem fins lucrativos em 1989.

A principal ideia do movimento é trazer para próximo ao consumidor um alimento tradicional. “É um alimento saudável porque é caseiro, caipira. É feito como era antigamente. Por exemplo, o bolo de fubé feito com banha de porco e não com gordura hidrogenada, o queijo feito com leite cru e não pasteurizado”, explica o presidente Pollaccia.

Seu queijo, por exemplo, que está entre os cinco melhores do Brasil, é um dos produtos que é feito com leite cru. Segundo ele, a ideia é também que o leite seja daqui, pois com a pequena distância de transporte, ele continua limpo. “O queijo leva só leite cru, sal e coalho. É artesanal”, explica.

Além de Pollaccia, a cada semana participam da feira outros membros da associação. Nem o local nem os participantes são fixos, e quem quiser acompanhar a Associação deve ficar atento à FAN PAGE e ao INSTAGRAM.


Dona Genis e seus doces (Foto: Olhar Conceito)

Dona Genis Maria, por exemplo, é uma das participantes. Nora de um doceiro tradicional de Livramento, ela aprendeu a preparar as receitas com seu esposo, e desde 1972 faz rapaduras, doce de leite, cachorrada (doce de leite coalhado), furrundu e outros. Com uma parada de 1989 a 2004, os dois voltaram a produzir há doze anos e atualmente giram pelas feiras livres da cidade.

Com doces feitos artesanalmente e com o leite das vacas que tem na Chácara, em Santo Antônio do Leverger, Genis mantém a tradição e faz parte do movimento ao vender um produto livre de conservantes.

Assim como ela, também participam da feira Edson Goulart Puppim, que produz os biscoitos “O último do pacote”. A ideia, segundo o empreendedor, é trazer uma nova experiência gastronômica. “São biscoitos para o chá, para comer com vinho, para comer no almoço”, explica. Tudo, como manda o Slow Food, sem conservantes ou corantes. 


Biscoitos e doces (Foto: Olhar Conceito)

Tibaba doceria é a marca de Bábara Lock, gastróloga formada pela Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, e que há dois anos produz balas de coco, brigadeiros (com pequi e capim cidreira) e chocolates da linha Slow Food. Outra linha de doces saudáveis é a de Angela Guedes, que oferece brownies sem farinha, leite ou açúcar branco e brigadeiros veganos.

Até mesmo cervejas são encontradas no Mercado da Terra. Feitas em panela, em casa, artesanalmente, as bebidas da marca “Soul’za” foram criadas por Anderson Cardoso há cerca de dois anos. “Eu comecei por curiosidade, consumindo cervejas artesanais e depois comecei a fazer”, conta. Hoje, ele oferece, inclusive, cursos para quem quer aprender a fazer cerveja.


Cervejas artesanais (Foto: Olhar Conceito)

Anderson produz mais de 200 ‘sabores’ da bebida. Dentre eles, por exemplo, a ‘American Blonde’, ‘Weiss’ (trigo), ‘Dunkel Weiss’ (trigo escuro), IPA (mais amarga) e Sour Ale (azeda e fermentada por três meses). 

Serviço

Feira 'Slow Food'
Segundas, das 16h às 19h, em frente ao Mundo Verde: R. Estevão de Mendonça, 560
Sábados, das 8h às 12h, na Paneteria Tabacchi: R. Sá Pôrto, 10 - Jardim Petropolis

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