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Artistas pedem 'shopping do artesanato' e Sedec pleiteia espaço na Orla do Porto

Da Redação - Isabela Mercuri

Cursos de capacitação e um ‘shopping do artesanato’, local específico, fixo, para vender a produção dos artistas locais é o que os artesãos cuiabanos pediram ao secretário-adjunto de Empreendedorismo e Investimentos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Leopoldo Mendonça.

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Reunidos no evento alusivo ao dia do Artesão, os cerca de cem artistas falaram em nome dos 5058 cadastrados no Programa de Artesanato Brasileiro (PAB) e 1.388 manualistas, que são aqueles que fazem trabalhos manuais.

“Nossa luta é por um shopping do artesanato, um lugar fixo, para que a gente não fique como cigano, andando pra lá e pra cá”, disse a artesã Ermelinda Maria da Silva, que há mais de 30 anos vive da comercialização dos produtos que cria.

Para o secretário, essa é uma demanda justa. Por este motivo, a secretaria já entrou em contato com os gestores da Prefeitura de Cuiabá em busca de autorização para expor os trabalhos na Orla do Porto. De acordo com a assessoria, a organização demandaria estrutura padronizada e segurança no local, para que os produtos permanecessem no espaço, sem ter que ser retirado no encerramento das atividades.

“É uma demanda justa, são produções e estilos diversificados que merecem nosso respeito e o devido valor. É um potencial que tem fluxo na medida em que encontrar esse canal de fazer chegar até o consumidor, especialmente turistas. No entanto, cada um acaba tendo que correr atrás para comercializar e fazer sua renda. Estamos estudando algumas possibilidades, além da participação deles em feiras e eventos”, disse Leopoldo. “Além de gerar oportunidades de trabalho e renda, o artesanato, que é movido pela criatividade, expressa e divulga a cultura do povo mato-grossense”, destacou o secretário.

Em relação à capacitação, o secretário conta que já manteve contato com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MT) para verificar a viabilidade de parceria para implantação de cursos.
“Temos muitos artesãos e também aqueles que fazem trabalhos manuais, que são coisas distintas. Todos precisam passar por uma reciclagem, criar mais coisas. No artesanato nada se copia, tudo se cria. Não tem concorrência, cada um faz o seu produto com suas características”, lembrou Ermelinda.

“Cada dia a gente conhece mais, é muito enriquecedor e o mercado exige novidades em todos os setores, inclusive no artesanato, com o aprendizado de novas técnicas e de outras fontes de matéria-prima”, argumentou Leopoldo. Segundo o secretário, os cursos pleiteados são voltados para a comercialização dos produtos, abordagem do cliente, vendas, negociação, enfim, de empreendedorismo.
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