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Notícias / Comportamento

Defensoria entrega brinquedos para crianças carentes e mantém tradição natalina de 10 anos

Da Redação - Vitória Lopes

A Defensoria Pública entregou na tarde de domingo (24) doações coletadas na véspera de Natal para famílias de Várzea Grande. Ao longo desse tempo, com contatos de ao menos uma vez ao mês com as famílias, os defensores afirmam que criam laços com quem atendem. E na tentativa de alegrar o Natal dessas crianças, há 10 anos, os defensores do Núcleo organizam uma confraternização, com doação de presentes, antes do recesso do órgão.

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A dona de casa Fabiana Batista Amaral, 25 anos, procurou o Núcleo da Defensoria Pública em Várzea Grande há um ano e meio, em busca de atendimento médico para o seu filho, hoje com cinco anos. A mãe conta que quando bebê, o garoto caiu, bateu a cabeça e à medida que crescia, reclamava muito de dores. Sem recursos para fazer os exames, buscou a Defensoria e conseguiu atendimento. Agora uma nova demanda será iniciada, pois falta neurologista pediatra no sistema público para avaliar o resultado.

Foi assim que os dois filhos de Fabiana receberam os presentes de Papai Noel. Tatiana Vitória, oito anos, realizou seu sonho. Ganhou o que pediu: uma bicicleta. O irmão, um conjunto de carrinhos. “Busquei ajuda no órgão para conseguir atendimento pro meu filho e junto ganhei a realização do sonho de minha filha. Este ano eu não daria nenhum brinquedo para eles, pois falta dinheiro. É um dia emocionante”, conta.

A defensora Cleide Regina Nascimento informa que os atendidos no órgão vivem as necessidades mais prementes e que com o auxílio dos defensores, dos servidores e dos estagiários, eles conseguiram atender 30 crianças este ano. “Vemos essas pessoas ao longo de todo o ano e sabemos de suas necessidades. Decidimos ajudar quem está próximo e sabemos que precisa. Em termos materiais, para nós é muito pouco, porém, o impacto positivo que essa iniciativa traz é grande”, disse.

O defensor Joaquim Guedes da Silva afirma que foi criado em escola salesiana e desde criança, em casa, é acostumado a fazer caridade. “Essa é uma prática na minha família, na escola que estudei e no Núcleo, buscamos fazer todos os anos. Primeiro nos confraternizamos com as famílias que atendemos aqui e mais tarde, com os colegas de trabalho. Consideramos isso importante”.

O Núcleo doou seis bicicletas, dois tablets e diversos outros brinquedos como bonecas, carrinhos, roupas de bebê e de criança. E para as famílias foi organizado um lanche da tarde com pipoca, doce e salgada, balas, pirulitos e outros doces. “É uma satisfação para nós e uma grande felicidade para eles”, garante Cleide.

Uma das responsáveis pela organização da coleta de pedidos, a estagiária Nandara Morata, conta que a caixa para receber cartinhas para o Papai Noel, fica de duas a três semanas na recepção do Núcleo. E que este ano a caixa recebeu pedidos de crianças dos bairros Sadia 3, Mapim, Icaraí, entre outros. “As crianças ficam muito contentes, deslumbradas. Sempre compramos uns presentes a mais porque no dia sempre aparecem outras. A alegria é tanta que tem criança que quer ir pra casa de bicicleta”, conta.

Para a defensora Tânia Regina de Matos, realizar o sonho de uma criança é uma forma de alimentar coisas boas, esperanças e sonhos. “Eu ajudo porque são crianças muito carentes, que de outra forma, não receberiam nada no Natal. E elas nos dão a chance de realizar o sonho de alguém. Adotamos estes sonhos todos os anos e é emocionante”.
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