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Notícias / Gastronomia

Assistente social se ‘encontra’ na confeitaria e chama atenção pela beleza dos doces

Da Redação - Isabela Mercuri

Começou somente como uma ‘renda extra’, e aos poucos os dotes culinários de Marciana Ranzulla Gonzaga, 30, começaram a ganhar forças. Pouco mais de dois anos depois de criar sua confeitaria artesanal, ela, que é assistente social e técnica em enfermagem, luta para abrir seu ateliê e se dedicar somente aos doces.

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Marciana é natural de São José dos Quatro Marcos (308km de Cuiabá), e sempre gostou de gastronomia. No entanto, sua opção para a formação foi outra, e se tornou assistente social, fazendo inclusive uma pós-graduação na área. Depois disso, ainda estudou para ser técnica de enfermagem.

“Depois de ter me formado como assistente social e ver que a área de trabalho é mais escassa e os salários não são dos melhores, eu resolvi criar uma fonte de renda extra”, contou ao Olhar Conceito. “Eu trabalhava e trabalho ainda como técnica de enfermagem à noite, e nesse pensamento eu queria ter uma fonte de renda que eu não precisasse ter dois empregos fixos”.
 
Marciana, ou ‘Marci’, como é mais conhecida, sempre fazia os bolos de aniversário em casa, mas sem acabamentos. “Em julho de 2016 fiz o bolo de aniversário da minha cunhada. Foi um dos mais bonitos que tinha feito na época. Nem sabia usar bico de confeitar... e montar bolo. Mas eu fiz”.
 
Depois disso, ela decidiu fazer alguns bolos de pote e anunciar no Facebook. Os amigos abraçaram a causa e fizeram seus pedidos, e logo apareceram mais clientes. Do bolo de pote, ela passou para os doces tradicionais, cupcakes, e os bolos personalizados, que são seu carro-chefe.

Bolo feito para a cunhada (Foto: Arquivo Pessoal)
 

“Criamos uma arte em papelaria que dá vida ao bolo. Pode ser temático, ou de alguma característica do cliente. Isso é opcional. Os preços dos bolos variam entre R$45 o e R$60 o quilo. A personalização da arte em papel é acréscimo, caso o cliente queira. Porque esse trabalho eu terceirizo para uma parceira executar pra mim”, conta.
 
Nesta época do ano, no entanto, os bolos ficam um pouco de lado e dão lugar aos ovos de páscoa. A confeiteira conta que os fez pela primeira vez em 2017, e chegou a vender 120 unidades em um pequeno período. “Mas para esse ano a expectativa é melhor”, comemora. “Minha clientela ter aumentado bastante! Antes de lançar nosso cardápio, os clientes já estavam cobrando o ovo de páscoa que produzo”.

Ovos de colher (Foto: Arquivo Pessoal)
 
Estão disponíveis em seu cardápio ovos de colher, cones trufados e mini ovos (ideais para presentear funcionários). Os sabores mais pedidos são de ninho com morango, ninho com nutella, paçoca e prestígio, e o sucesso é grande. “A princípio tenho trabalhado todos os dias, pois todo dia tem cliente querendo  bolo, e agora os ovos. Períodos como Páscoa e Natal a demanda é muito grande. A gente vira a noite pra finalizar encomenda. Depois que passa a gente tira um descanso”.
 
Por causa do grande número de pedidos, Marciana pede para que eles sejam feitos com antecedência. Apesar do trabalho árduo, ela não reclama. “Recebo elogios [de pessoas dizendo] como parecem ser obras de arte. Com os ovos não é diferente, procuro deixar sempre um doce não só bonito, mas muito gostoso”, garante. “É nisso que tenho me realizado entre todas as profissões que tenho. Tenho tentando melhorar e crescer a cada dia”, finaliza.
 
Serviço

Marci Ranzulla Confeitaria Artesanal
Informações e pedidos: (65) 99262-8313
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