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Marieta Severo como uma ex-aristrocrata e o filme dos sonhos de Guillermo del Toro nas estreias da semana

Da Redação - Bruna Gomes

O final de semana começa com várias estréias, tanto no número quanto da diversidade de gêneros. Em “Os Escolhidos” temos um terror que não é uma obra prima, mas consegue fazer o que se propõe: uma hora e meia de sustos e coração acelerado. A segunda estreia traz o sonho cinematográfico de Guillermo Del Toro, “Círculo de Fogo”. E representando o audiovisual brasileiro, Betse de Paula traz o retrato da classe média decadente do Rio de Janeiro, em “Vendo ou Alugo”.

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A história é manjada, mas vale a sua ida ao cinema. É a opinião quase unânime da crítica sobre “Os escolhidos”. O filme de suspense e terror dirigido, por Scott Stewart vem como um suspiro para uma filmografia do diretor, um tanto fracassada nos últimos tempos. Na trama, um casal e seus dois filhos começam a viver estranhos acontecimentos em sua casa, que com o passar dos dias se torna mais intenso. Em meio ao desespero, começam a cogitar se extraterrestres não seriam os responsáveis pelos estranhos eventos.

Em “Círculo de Fogo” Guillermo Del Toro ganhou carta branca da Warner para dirigir o filme de seus sonhos: uma batalha entre robôs e monstros, que lembra filmes e games do anos 80. No longa, a terra começa a ser invadida por criaturas monstruosas vindas do mar e para combatê-los, cientistas desenvolvem enormes robôs.

Chamados de Jaeger, eles funcionam quando controlados por dois humanos, através de uma conexão neural. No entanto mesmo com esses robôs, ainda será necessário pedir a ajuda de um velho robô, agora aposentado. E a partir daí a trama se desenrola em diversas cenas de ação e conflitos, também inspirados em animes e na cultura pop japonesa.

Maria Alice é a humanização da aristocracia carioca decadente. Vivida por Marieta Severo, ela vive com a mãe e a filha em um casarão no Leme. Desesperadas por dinheiro elas fazem pequenos trabalhos, que nem sempre se restringem à legalidade. A solução é uma só: vender a casa. Mas quem compraria uma mansão bem na entrada de uma favela? E é aí que aparece um estrangeiro procurando um imóvel na cidade maravilhosa.

A trama foi muito bem recebida pela crítica, que elogiou da diretora à protagonista, Betse de Paula pela criatividade e Marieta Severo pela maneira de conduzir uma personagem tão diferente de todas as outras que já interpretou. “Em comédia, por princípio, se pode tudo. Não se é obrigado a respeitar moral, nem bons costumes, nem politicamente correto, tudo em nome de fazer rir, especialmente das contradições de todas as camadas da sociedade”, afirmou Neus Barbosa, do Cine Web.
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