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Notícias / Comportamento

Advogado e terapeuta conversam sobre depressão em crianças e adolescentes em live

Da Redação - Isabela Mercuri

Uma conversa entre o suplente de vereador e advogado Zidiel Coutinho Jr e o terapeuta Alan Barros, realizada na última segunda-feira (24), discutiu a depressão em crianças e adolescentes e como os pais e responsáveis lidam com ela. O vídeo está disponível.

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Zidiel é advogado e articulador de políticas públicas em prol da saúde mental. Recentemente, propôs na Câmara Municipal de Cuiabá o Projeto de Lei “Conversar é a melhor solução”, para que crianças e adolescentes possam falar sobre depressão e suicídio, nas escolas municipais de Cuiabá, com assistentes sociais, psicólogos e outros profissionais.
 
Já o convidado, Alan Barros, diagnosticado com depressão quando tinha 15 anos. Hoje, aos 37, ele registra que há, sim, transtornos mentais em crianças e adolescentes. “Eu já era uma criança depressiva”, explica.
 
Na live, Alan Barros critica as manifestações de preconceito contra depressão e outras doenças mentais, como ansiedade e transtorno bipolar, e avalia que estes preconceitos se devem ser por falta de conhecimento sobre a doença.
 
“Falam que é falta de trabalho ou de acreditar em Deus, mas isso porque elas não compreendem o que é depressão, porque elas não tiveram conteúdo para isso”, destaca, registrando a importância de maior divulgação da doença, que é a segunda maior causa de afastamentos do trabalho no mundo.
 
Alan Barros, que conviveu com a depressão por mais de 20 anos e relatou sua vivência em livro, convida os pais e familiares para observar as atitudes das crianças e dos adolescentes. “A criança dá indícios. Preste atenção à criança que se sente feia, que não se relaciona bem com os colegas de classe, com autoestima baixa”.
 
O autor do livro “Tenho depressão, e agora?” reitera a importância de cuidar da fase infantil, porque “a maioria dos traumas se estabelece enquanto criança”, em função da “criança interiormente ferida”.
 
Os pais e responsáveis precisam, logo que percebem um comportamento preocupante na criança, conversar com ela. “Quanto mais sincero e aberto você for com a criança, melhor. Do jeito dela, ela vai te dizer o que está acontecendo”. E, se perceber necessário, procurar atendimento profissional: “É fundamental procurar um psicólogo e um psiquiatra”, defende.
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