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Notícias / Artes visuais

Jovem de 18 anos encontra na arte motivação para superar fase difícil da vida

Da Redação - José Lucas Salvani

Lupe Capitani, de 18 anos, encontrou na arte a motivação que precisava para superar uma fase difícil, “conturbada”, com ele descreve, de sua vida. Produzindo desenhos digitais, pinturas e bordados, o jovem se apoiava na arte apenas em momentos que estava mal, mas com o tempo passou a se entender melhor enquanto artista e usar todos seus sentimentos e vivência para produzir. No Instagram, ele vende alguns materiais confeccionados por ele.

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“Eu estava começando aquela “fase da filosofia” na qual eu começava a questionar todas minhas relações com as pessoas, do porquê eu ser assim, do porquê eu estar vivo e porquê continuar vivendo, isso foi me atormentando e me isolando internamente. Eu tentei me expressar por escrita - às vezes escrevo músicas sobre - mas não eram o suficiente, eu não queria escrever ou falar aquilo, mas, ao mesmo tempo, queria tornar o sentimento em algo físico como forma de poder pegar e esconder ele longe de mim”, conta ao Olhar Conceito.

Lupe começou a produzir os primeiros desenhos quando tinha 13 anos e enxergava a arte muito mais como uma diversão. Ele morava em um pequeno prédio em Cuiabá, onde tinha uma vizinha que era sua amiga. Juntos, os dois faziam mapas de tesouro, histórias em quadrinhos e o que mais fosse possível fazer.

Aos 15, parou de desenhar, mas retomou a prática em 2016 quando estava passando por uma depressão. “Foi nessa época que minha vontade de produzir voltou. Mas, somente no segundo semestre de 2018 que eu realmente comecei a produzir e ver como aquilo era importante para mim”, explica.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Suas primeiras produções eram feitas apenas quando estava mal e precisava se expressar, mas ao longo do tempo foi percebendo que conseguia usar diversos sentimentos de experiência para produzir algo que sentisse vontade. Além dos sentimentos, ele usa bastante de referências como cores, animais e até mesmo filmes. Esboços são sua “maior dificuldade” porque geralmente é mais direto nos desenhos, mas ele afirma que está tentando mudar isso durante seu processo criativo.

Lupe também faz bordados e, assim como com as pinturas e desenhos, ele busca sempre se expressar de alguma forma. “Reproduzo cenas que transmitem aquele eu do momento. Por exemplo dos dois meninos se beijando, eu fiz sobre um amor que tive no qual foi totalmente falso comigo, mas mesmo assim eu ainda amava ele e fiz”.

No Instagram, Lupe usa a rede social para mostrar seu trabalho e também vender algumas produções. Ele tem preferência por desenhos digitais já prontos, mas é possível fazer a encomenda de algo específico. A única exceção fica para as pinturas, das quais ele não faz por encomenda, apesar de também colocá-las a venda, mesmo que apegado.

“Eu costumo vender prints dos meus desenhos digitais, eu prefiro assim do que fazer encomendas. Entretanto, também faço encomendas de desenhos digitais. Já as pinturas, eu não faço encomenda, me sinto mais confortável produzindo algo meu e vender para quem gostar. Na realidade pinturas em tela dificilmente vendo, sinto que é algo muito pessoal cada obra, mas tenho tentado ter esse desapego”.

Os prints dos desenhos digitais custam até R$ 40. Para fazer encomendas, basta acessar seu Instagram.
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